O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, mandou que sejam removidas reportagens e publicações que afirmam que o líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcola, votará no presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para o magistrado, trata-se de conteúdo “inverídico e descontextualizado”, pois, mesmo que Marcola tenha dito que que Lula era “melhor” que Bolsonaro em interceptação da Polícia Federal (PF), ele não chegou a declarar voto explícito no petista.
O magistrado estipulou multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento, e R$ 15 mil para novos compartilhamentos.
– Os diálogos transcritos, além de se relacionarem a condições carcerárias, apresentam apenas conotação política, pois retratam suposta discussão de Marcola e outros interlocutores a respeito de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Embora o teor dos diálogos revele uma discussão comparativa entre os candidatos, não existe declaração de voto, fato constante no próprio título da notícia – assinalou Moraes.
No diálogo reproduzido pelas reportagens interceptado em maio do ano passado, Marcola afirma que Lula “é melhor [que Bolsonaro], mesmo sendo pilantra”.
– Lula também é sem futuro, só que entre os dois, não dá nem para comparar um com o outro – completou Marcola.
Os alvos da decisão de Moraes que terão de remover o conteúdo são portais como O Antagonista, Jornal da Cidade On-Line, Terra Brasil Notícias, e a rádio Panamericana S.A.
Em nota, O Antagonista classificou a liminar como “censura” e disse que “a decisão de Moraes acolhe, sem direito ao contraditório, argumentos dos advogados da campanha do petista”.
Além dos veículos de mídia, também estão inclusos influenciadores e políticos, como o presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, os deputado federais Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Carla Zambelli, a influenciadora Barbara, do Te Atualizei, o comentarista Adrilles Jorge, entre outros.