Nesta segunda-feira (23/10), as Brigadas al-Qasam, o braço armado do grupo isâmico palestino Hamas, anunciaram a libertação de duas mulheres israelenses que estavam entre os pelo menos 220 reféns em Gaza, após a mediação de Egito e Catar.
– Libertamos duas prisioneiras, Nurit Yitzhak e Yochved Lifshitz – declarou o porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obeida, em comunicado.
Ele afirmou ainda que a libertação se deveu a “razões humanitárias imperiosas e satisfatórias”, após a mediação de Egito e Catar, os habituais mediadores entre o Hamas e as autoridades de Israel.
Obeida acrescentou que foi decidido libertar as duas mulheres apesar da “recusa de Israel, desde sexta-feira passada, em aceitar a sua recepção”, e acusou o país de “continuar a negligenciar” as pessoas mantidas em cativeiro pelas milícias palestinas na Faixa de Gaza, incluindo idosos e crianças, assim como israelenses e estrangeiros.
Segundo o portal Ynet, Israel confirmou a libertação das duas reféns – uma delas, Lifshitz, de 85 anos – que foram transferidas para o Egito após 17 dias de cativeiro, depois de ter sido capturada em 7 de outubro, quando o Hamas lançou o ataque contra Israel que incluiu uma incursão terrestre e desencadeou a guerra.
De acordo com a imprensa israelense, as autoridades afirmaram não estar envolvidas em negociações para a libertação, enquanto o Comitê Internacional da Cruz Vermelha terá desempenhado um papel importante neste processo.
O Hamas já tinha se oferecido para libertar as mesmas duas reféns no domingo passado, “sem pedir nada em troca”, quando acusou Israel de ter recusado a oferta, o que foi rechaçado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Com a libertação das duas israelenses, quatro dos pelo menos 220 capturados pelos terroristas há mais de duas semanas deixaram Gaza, após o Hamas ter libertado, na sexta-feira, duas mulheres americanas, também alegando “razões humanitárias” e como gesto para com a gestão do presidente Joe Biden.
As duas americanas libertas eram uma mulher e a sua filha que visitavam Israel quando foram capturadas.
*EFE