Influenciado pelo cenário externo, o mercado financeiro teve um dia relativamente estável. O dólar alternou altas e baixas, mas fechou próximo da cotação de sexta-feira (20). A bolsa teve pequena queda, apesar da alta do petróleo.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (23/01) vendido a R$ 5,20, com recuo de 0,15%. A cotação chegou a R$ 5,22 por volta das 11h30, caiu para R$ 5,16 por volta das 13h, mas acelerou durante a tarde, até fechar estável. Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 1,52% em 2023.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.737 pontos, com queda de 0,27%. O indicador chegou a subir 0,86% por volta das 10h45, impulsionado principalmente por ações de petroleiras e de mineradoras, que aproveitaram a alta das commodities (bens primários com cotação internacional). No entanto, o movimento inverteu-se à tarde, pressionado por papéis de bancos.
Nesta segunda, o dólar fechou com pequena queda em relação às principais moedas emergentes, enquanto subiu perante as moedas de economias avançadas, como o euro e o iene japonês. O mercado internacional está na expectativa da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) em 31 de janeiro e 1º de fevereiro. Os investidores se dividem entre uma alta de 0,25 ponto percentual e de 0,5 ponto nos juros básicos da maior economia do planeta.
No Brasil, o mercado financeiro atuou com base na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina, em meio a ruídos sobre a criação de uma moeda única. Ontem (22), o jornal Financial Times tinha informado que o governo argentino estudava a criação uma moeda única nos dois países.
Hoje, o governo brasileiro desmentiu a ideia e informou que o que está em discussão é a criação de um grupo de trabalho para analisar a viabilidade de uma moeda comum digital, que serviria apenas para transações comerciais. No meio da tarde, Lula informou que a proposta levará vários anos para ser discutida, o que contribuiu para anular a alta da moeda norte-americana.
*Com informações da Reuters