Daniel Franco de Oliveira, de 35 anos, recebeu, por engano, no dia primeiro de abril, o Pix inesperado de R$ 275.307,01 e, por alguns segundos, achou que era brincadeira no dia conhecido como “dia da mentira”. O dinheiro era real e fruto de erro de uma agência bancária, que transformou uma simples transação equivocada em uma história inspiradora.
Daniel trabalha em uma empresa de produtos veterinários onde recebe um salário mínimo e, ao checar seu extrato pelo aplicativo, levou um susto ao constatar o depósito em sua conta com centenas de milhares de reais acima do que ele tinha de seu.
“Pensei que era um golpe, porque não fazia sentido, Depois achei que era uma piada de “primeiro de abril”, disse ao G1.
Daniel pensou em reiniciar o celular, acreditando em erro do aplicativo, mas percebeu que o valor havia sido enviado via Pix por uma empresa com a qual jamais fez qualquer transação.
Sua primeira reação foi procurar a origem do emitente para entender o que havia acontecido. “Não consegui me imaginar usando um dinheiro que não era meu. Fiquei pensando em quem poderia estar desesperado procurando por essa quantia”.
Constatado que o valor era legítimo e depositado por equívoco, Daniel procurou sua gerente no banco para informar o ocorrido.
O setor competente da agência confirmou o erro e acionou o departamento jurídico da instituição para o estorno e, mesmo não tendo obrigação imediata de devolver o valor, Daniel insistiu para que o dinheiro fosse devolvido rapidamente.
Em entrevista, ele disse ter agido por princípios, não por medo. “Eu não conseguiria dormir sabendo que fiquei com algo que não era meu. Imagina alguém que dependesse desse dinheiro para pagar funcionários, dívidas, aluguel. Seria injusto”.