Em um momento de destaque em seu discurso na reunião das Nações Unidas, nesta terça-feira (23/09), em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump surpreendeu ao relatar um breve encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, elogiando a “química” entre eles. Trump revelou que o encontro, que aconteceu de forma inesperada na sede da ONU, resultou em um acordo para uma reunião na semana seguinte.
“Eu estava chegando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos, eu vi ele, ele me viu, e nós nos abraçamos”, relatou o presidente norte-americano. Em seguida, ele expressou sua admiração por Lula, dizendo que o brasileiro “parece um cara muito legal” e que ele gosta de Lula. “Tivemos uma ótima química, e isso é um bom sinal”, disse.
“E aí eu tô dizendo, você pode acreditar que eu vou dizer isso em apenas dois minutos? Nós concordamos em nos encontrar na semana que vem. Não tínhamos muito tempo para falar, só 20 segundos mais ou menos, mas em retrospecto, dá para dizer, é bom que eu tenha esperado, porque esse negócio não estava funcionando bem, mas nós conversamos, nós tivemos uma boa conversa e concordamos em nos encontrar semana que vem, se isso for do interesse dele”, declarou.
Ele ainda sinalizou que a simpatia por Lula é fundamental para o diálogo entre os dois países. “Ele gosta de mim, eu gostei dele e eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando eu não gosto deles, eu não faço”, destacou.
Apesar dos elogios pessoais, Trump manteve sua postura de defesa comercial, direcionando críticas às políticas brasileiras. Ele afirmou que o Brasil, de forma “injusta”, havia imposto tarifas contra os Estados Unidos no passado, e que seu governo não aceitaria tal prática. “Mas agora nós estamos devolvendo isso com bastante força”, declarou, sinalizando uma postura de retaliação para combater o que considera uma concorrência desleal.