Em Viçosa, região da Zona da Mata, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na tarde desta quinta-feira (23/07), uma mulher, de 22 anos, suspeita de tentar acessar de forma irregular a ala da maternidade de um hospital, no centro da cidade.
A investigada foi encontrada dentro da sala de ultrassonografia da unidade de saúde. No local, exames médicos comprovaram que ela não estava grávida. A suspeita estava acompanhada de outra mulher, de 46 anos, e ambas foram abordadas pela equipe policial.
Durante a verificação de documentos em posse da investigada, os policiais civis identificaram um exame com fortes indícios de falsificação. Entre os elementos verificados estavam o uso do timbre de uma clínica que teve o nome alterado há anos, além da menção a um médico inexistente, com número de registro profissional (CRM) incompatível com os dados oficiais.
Apurações confirmaram que nenhum profissional com as credenciais citadas atendia no local indicado no documento. As investigações revelaram ainda que, no dia anterior, a mesma mulher tentou acessar a maternidade de um hospital no município vizinho de Teixeiras, também apresentando documentos suspeitos.
Caso anterior
A principal suspeita já foi presa anteriormente por participação em um caso de sequestro de recém-nascido, ocorrido no estado do Rio de Janeiro. À época, a criança foi subtraída após os pais serem dopados, sendo localizada posteriormente em Minas Gerais. As envolvidas nesse fato foram responsabilizadas criminalmente.
De acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Viçosa, delegada Clarisse Machado, a reincidência no comportamento da suspeita acendeu um alerta. Diante do histórico e dos indícios de um novo plano criminoso, a investigada de 22 anos foi presa em flagrante pelos crimes de uso de documento falso e tentativa de subtração de incapaz e encaminhada ao sistema prisional.
“A atuação da equipe foi fundamental para evitar que um possível crime de extrema gravidade fosse concretizado. Seguimos atentos para garantir a segurança de gestantes, bebês e profissionais das unidades de saúde”, destacou a delegada.
A ação da Deam contou com apoio de policiais civis da Delegacia Regional.