O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Congresso Nacional nesta segunda-feira (21/07), onde se reuniu com parlamentares da oposição para traçar estratégias para enfrentar a ofensiva do Supremo Tribunal Federal (STF) e do governo Lula (PT).
Na ocasião, o líder da direita exibiu a tornozeleira eletrônica que tem de usar desde a última sexta-feira (18), por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Visivelmente exaltado diante da conjuntura, Jair Bolsonaro levantou a calça e mostrou o símbolo de sua humilhação, empreendida pelo magistrado da Suprema Corte.
– Não roubei os cofres públicos, não desviei recursos públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso aqui é o símbolo da máxima humilhação. Aqui, uma pessoa inocente, uma covardia que estão fazendo com ex-presidente da República. Nós vamos enfrentar a tudo e a todos. O que vale pra mim é lei de Deus – declarou Bolsonaro.

Moraes dá 24h para defesa de Bolsonaro explicar descumprimento de medida cautelar após ato do PL na Câmara
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu o prazo de 24 horas para que os advogados de Jair Bolsonaro (PL) se manifestem sobre o descumprimento da medida cautelar que proíbe o ex-presidente de usar redes sociais, direta ou indiretamente.
Moraes também alertou que, caso a defesa não justifique adequadamente a conduta de Bolsonaro, ele poderá decretar a prisão imediata.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira (21), após a divulgação nas redes sociais de vídeos em que Bolsonaro exibe a tornozeleira eletrônica e faz declarações, momentos depois da reunião emergencial convocada pelo PL na Câmara dos Deputados.

Inicialmente, Bolsonaro planejava discursar na coletiva do partido, mas desistiu após Moraes esclarecer que a proibição abrange também “qualquer transmissão, retransmissão ou publicação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em perfis de terceiros”, impedindo o ex-presidente de utilizar esses meios para burlar a medida.
“Na mesma data (21), foram divulgadas diversas postagens nas redes sociais em que o réu Jair Messias Bolsonaro exibe o aparelho de monitoramento eletrônico, proferindo discurso para ser exibido nas plataformas digitais”, afirmou o ministro na decisão, citando vídeos e imagens publicadas por Estadão, Brasil Paralelo, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).