Na última quinta-feira 26 de junho, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizou mais uma reunião em Itabira, no município da região Central, com o objetivo de acompanhar as obras e os impactos da construção da Estrutura de Contenção à Jusante de barragens no Sistema Pontal (ECJ).
Promovida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Itabira, a reunião contou com a participação de representantes da Vale, da Fundação Israel Pinheiro (Assistência Técnica Independente), da Defesa Civil municipal e de moradores atingidos pelos impactos na obra de construção da ECJ.
Reuniões desse tipo vem ocorrendo desde julho de 2024. Segundo a promotora de Justiça Giuliana Talamoni Fonoff, embora as questões sobre indenizações e danos eventualmente gerados por essas obras já estejam judicializadas, foi acordado entre a Promotoria de Justiça, a Vale, a ATI e moradores a necessidade de reuniões mensais para tratar de pontos específicos relacionados a evolução da obra, na tentativa de minimizar os impactos das intervenções na população.

Há, por exemplo, relatos dos moradores sobre tremores e excesso de poeira, como também dúvidas sobre o que está acontecendo e sobre o que está sendo construído. Nesses encontros foi criado um fluxo de informações entre os participantes para divulgar junto a população o que vem ocorrendo ao lado das residências.
“Em junho, tentamos promover um acolhimento maior de todos os envolvidos, proporcionando um clima mais amigável, para que se consiga caminhar em conjunto nessa busca de soluções a questões que possam ser tratadas fora do âmbito judicial”, afirmou a promotora de Justiça.
Em cada mês é apresentada uma pauta com antecedência “e na reunião são discutidos os pontos trazidos, o que vem ocasionando resultados positivos”, disse a represente do MPMG.