O atentado a faca praticado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa seis anos nesta sexta-feira (06/09). Na ocasião, Bolsonaro fazia campanha para sua eleição à Presidência da República nas ruas de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, à época com 40 anos, foi preso no mesmo dia do ocorrido. Meses depois, em maio do ano seguinte, a Justiça Federal em Juiz de Fora (MG) considerou Adélio inimputável. A decisão foi proferida a partir de uma ação para comprovação de insanidade mental protocolada pela defesa do autor da facada.
Desde então, usuários das redes sociais periodicamente passaram a exigir respostas sobre o crime utilizando a hashtag #QuemMandouMatarBolsonaro. Com frequência, os apoiadores do líder conservador fazem questionamentos sobre se Adélio seguiu as ordens de um mandante e, se de fato essa pessoa existiu, quem seria ela.
BOLSONARO VOLTA A JUIZ DE FORA
Nesta sexta, Bolsonaro retornou a Juiz de Fora para comemorar o que chamou de “aniversário do renascimento”. Durante a visita ao município, ele se emocionou ao participar de uma tradicional motocarreata que saiu do Circo Portugal, na Zona Sul da cidade, em destino à Zona Central.
Junto do ex-presidente estiveram apoiadores, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal mineiro Maurício do Vôlei (PL-MG). No início da tarde, Bolsonaro voltou à esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, ponto exato em que foi esfaqueado por Adélio.
Esta foi a primeira vez desde o atentado em que Bolsonaro passou o dia 6 de setembro — data da facada — em Juiz de Fora. Em 2022, como candidato à reeleição, Bolsonaro fez dois atos na cidade no início de sua campanha, em julho e agosto. Em uma das ocasiões, chegou a visitar o Hospital Santa Casa de Misericórdia, onde passou por uma cirurgia de emergência logo após a facada.
FLÁVIO FAZ POSTAGEM
Também nesta sexta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma publicação em seu perfil no Instagram relembrando a data, que chamou de “novo aniversário” do pai. No texto, o parlamentar disse que o atentado foi “um dos momentos mais difíceis” de sua vida e que os últimos seis anos foram de “transformações, limitações, consultas contínuas e intervenções cirúrgicas”.
– Essa facada não foi um obstáculo para a eleição do meu pai; ele já estava eleito. Foi uma tentativa de silenciá-lo e enfraquecer nossa luta pela liberdade. Quantos estão dispostos a sacrificar sua própria vida pelo seu país? A abrir mão de momentos com a família e amigos, ou de simples momentos de paz? A liberdade tem um custo alto e exige vigilância e paciência – escreveu.