O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a quebra de sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF) e busca entender se o ex-presidente utilizou o governo para desviar presentes oferecidos a ele por autoridades estrangeiras.
Moraes autorizou também um pedido de cooperação internacional. Assim, a quebra dos sigilos bancários dos investigados vai ser solicitada aos Estados Unidos.
O apontado pela PF é de que a quantia adquirida com a venda dos bens era repassado para Bolsonaro em dinheiro vivo. Outras circunstâncias que apontam para Bolsonaro é que as joias foram levadas ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB.
“Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”, afirma trecho da manifestação da PF.
A defesa de Bolsonaro chegou a se posicionar após o pedido. “A defesa do presidente Jair Bolsonaro voluntariamente, e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU —ainda em meados de março, p.p.—, requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito”.