Nada menos que 155 mineiros morreram afogados no primeiro semestre deste ano. A média é de praticamente uma tragédia por dia. Descuido, imprudência e consumo excessivo de álcool potencializam os riscos nas cachoeiras, lagoas, rios e piscinas do Estado. Os Bombeiros fazem um apelo às pessoas para evitar situações de risco.
O alerta é ainda maior nesta semana, a última das férias de julho. O pedido foi reforçado pela corporação nesta terça-feira (25/07), quando se celebra o “Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento”.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, adultos de 35 a 64 anos são as principais vítimas de afogamentos em Minas. Em 2023, 72 pessoas dessa faixa etária perderam a vida. Outra preocupação é com os adolescentes de 12 a 17 anos – dez morreram entre janeiro e junho.
“Nesta época do ano, com as férias escolares, a preocupação se torna ainda maior já que as crianças estão em casa e os pais sempre procuram alternativas para a diversão dos pequenos”, informou a corporação.
O caso mais recente é o de um menino de 14 anos que se afogou após tentar atravessar a nado o rio Sapucaí, em Itajubá, no Sul de Minas, na última sexta (21). As buscas seguirão pelo quinto dia nesta quarta (26).
Mortes de crianças
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento aquático (Sobrasa), quatro crianças morrem afogadas diariamente no Brasil. Durante todo o ano de 2022, o Corpo de Bombeiro atendeu pelo menos 6 casos de crianças, de até 11 anos, que perderam as vidas por afogamento. Em contrapartida, somente nos primeiros 6 meses deste ano, já foi registrado o mesmo número de mortes que em todo o ano passado.
Ainda de acordo com a Sobrasa, quase 60% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em piscinas e residências, e que a cada três dias uma criança morre afogada em casa.