Considerado um dos maiores parques solares da América Latina, o empreendimento vai fornecer 16% de toda a energia consumida pela Vale em suas operações no Brasil, em linha com a estratégia da empresa de zerar as emissões de CO2 até 2050
A Vale alcançou, nesta terça-feira , a capacidade instalada total do Projeto Sol do Cerrado, em Jaíba, região norte de Minas Gerais. Nesta data, a empresa recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para operação comercial da última usina fotovoltaica do empreendimento, de um total de 17. O empreendimento é um dos maiores parques de energia solar da América Latina, com potência instalada de 766 Megawatts-pico, o equivalente ao consumo de uma cidade de 800 mil habitantes. A operação do complexo solar em plena capacidade irá representar 16% de toda a energia consumida pela Vale no Brasil.
O Sol do Cerrado, cujos investimentos somaram cerca de R$ 3 bi (US$ 590 milhões), é um passo importante para ajudar a Vale a atingir suas metas climáticas de reduzir emissões líquidas de carbono (escopos 1 e 2) em 33% até 2030 e zerá-las até 2050. A energia gerada pelo parque solar reduzirá as emissões da Vale em 134 mil tCO2e/ano, o que representa a emissão de aproximadamente 100 mil carros compactos1. A Vale espera, ainda, atingir 100% do consumo de energia renovável no Brasil até 2025, e, globalmente, até 2030.
Com 1,4 milhão de placas solares, o Sol do Cerrado tem capacidade para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes
A Vale iniciou as operações do Sol do Cerrado em novembro do ano passado, com a energização de quatro das 17 usinas fotovoltaicas ou subparques do complexo, e foi ampliando a operação ao longo dos meses seguintes, conforme autorizações do órgão regulador.
O empreendimento ocupa uma área equivalente a cerca de 1,3 mil campos de futebol e conta com 1,4 milhão de placas solares com sistema de rastreamento automático da movimentação do sol durante o dia, para maior aproveitamento dos raios solares na geração de energia. São utilizados 10,2 milhões de metros de cabos para a condução da energia.
Atualmente, o Sol do Cerrado conta com cerca de 100 trabalhadores permanentes de diversas qualificações, tais como eletrotécnicos, eletricistas e auxiliares em serviços gerais. Durante as obras de implantação do parque solar, entre 2021 e 2023, foram gerados cerca de 3 mil empregos no pico das atividades, quase 50% de mão de obra local e 16% de mulheres. Na ocasião, moradores da região foram capacitados e empregados para atuarem nas obras como pedreiros, mecânicos e profissionais em instalação elétrica industrial. Além disso, aproximadamente um quarto dos fornecedores contratados para implantação do empreendimento foram da região.
“Ao longo dos últimos meses trabalhamos fortemente no ramp-up do projeto, que ocorreu exatamente como o planejado. Ligamos as 17 usinas do parque solar com sucesso e já devemos atingir o pico da produção no próximo verão”, afirma Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale. “O Sol do Cerrado é um complexo que reúne desenvolvimento local e energia renovável, contribuindo para o nosso objetivo de sermos líderes em mineração sustentável”.
O empreendimento abrange ainda uma linha de transmissão de 15 quilômetros de extensão, com tensão de 230 mil volts, interligando as subestações Coletora Sol do Cerrado e Jaíba, de onde a energia é escoada para o Sistema Interligado Nacional.