Um homem de 43 anos foi preso suspeito de acessar e vazar fotos íntimas de duas cunhadas. De acordo com as investigações, ele vinha fazendo isso há três anos, quando uma das vítimas ainda era menor de idade. Veja algumas mensagens no fim desta matéria.
A prisão ocorreu na última sexta-feira (30) e divulgada nesta segunda (03/07) pela Polícia Civil. A operação “Laços de Família”, com investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia Civil (DPC) Barreiro, teve início com a denúncia de uma das mulheres, de 26 anos. Segundo a vítima, ela percebeu que alguém havia invadido seu celular e capturado fotos e vídeos íntimos. Quando se deu conta do acesso remoto pelo invasor, parou de compartilhar.
A partir desse momento, o suspeito passou a enviar mensagens diariamente à mulher exigindo que continuasse o compartilhamento das mídias, sob a ameaça de divulgar as fotos obtidas.
“O suspeito chegou a postar o conteúdo em site de pornografia e enviar o link de acesso à vítima, dizendo que divulgaria para pessoas próximas caso ela não o obedecesse”, explica o delegado responsável, Gabriel Teixeira da Silva.
Por meio de diversos levantamentos digitais e análise de dados, a Polícia Civil conseguiu identificar o suspeito, que é casado com a irmã da vítima e padrinho do filho dela.
“Conhecedor de meios tecnológicos e possuidor da confiança da vítima, o investigado conseguiu explorar o conteúdo disponível no celular. Desde então, de forma anônima, vinha promovendo ameaças, chantagens e constrangimentos”, destaca o delegado.
Segunda vítima
A Polícia Civil descobriu que uma segunda mulher também vinha sofrendo ameaças semelhantes, com a mesma finalidade. Ela tem 20 anos e é irmã mais nova da primeira vítima. Quando começou ter as fotos compartilhadas, era menor de idade – tinha 17 anos.
No dia 9 de maio deste ano, a equipe da 1ª DPC Barreiro cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito para arrecadação de materiais que pudessem comprovar os crimes.
Enquanto analisava o material apreendido, a Polícia Civil foi notificada de inúmeras tentativas de exclusão remota de conteúdo e eliminação digital de provas pelo investigado. O delegado Gabriel Teixeira informou que, além de intervir em investigação policial, o suspeito continuou impondo violência psicológica contra a vítima de 26 anos.
“Fato este que veio a agravar o dano emocional, por meio de constrangimento, humilhação e ridicularização em seu contexto familiar. Exercendo o mesmo modo de agir, o investigado invadiu o celular e teve acesso ao conteúdo íntimo da adolescente. Descobrimos que o compartilhamento e o acesso às fotos dela vinham sendo realizados há anos”, esclarece o delegado.
O suspeito permanece preso preventivamente e vai responder por crimes de perseguição, invasão de dispositivo informático, divulgação de nudez, violência psicológica contra a mulher e adquirir fotografia e vídeo que contém pornografia envolvendo adolescente.