Em repressão ao abuso sexual infantil, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, nesta quarta-feira (21/06), a prisão do investigado, de 34 anos, no bairro Horto Florestal, região Leste de Belo Horizonte. Na ação, a PCMG também cumpriu mandado de busca e apreensão contra o alvo e o aparelho de telefone celular dele foi recolhido.
A investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) iniciou a partir de denúncias contra o homem, que é líder religioso e atuante em órgãos de combate à violência sexual infantojuvenil na capital. O suspeito também participava de campanhas, eventos e palestras sobre o tema e atraía as vítimas para o circo.
Segundo a delegada Thais Degani, que preside o inquérito policial, “além de ser líder religioso de uma igreja, o investigado criou um grupo e levava os adolescentes e as crianças para o circo, onde eles faziam atividades circenses e, na maioria das vezes, o investigado arcava com todos os gastos, como transporte, alimentação, etc.”, explica. “Ele também criou vários órgãos de combate à pedofilia, ou seja, se portava diante da sociedade como uma pessoa que lutava contra a exploração sexual infantil”, complementa.
Ainda, de acordo com a delegada, as vítimas se sentiam coagidas a denunciar diante da representatividade do suspeito no combate à pedofilia. Atualmente, o investigado é coordenador do Fórum de Enfrentando à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e já recebeu condecorações pela atuação na causa.
Até o momento, três vítimas do sexo masculino foram identificadas, hoje duas delas são jovens, um de 20 e outro de 25 anos. Segundo o depoimento dessas vítimas, elas tinham à época dos fatos idades que variam de 13 a 17 anos. “Todos os relatos são bem parecidos de como ele praticava os abusos e buscava a confiança de vítimas e familiares”, relata a delegada.
A investigação segue em andamento, inclusive para identificar novas vítimas.