Em postagem comemorativa da Inconfidência Mineira nas redes sociais, o governo de Minas Gerais chamou o movimento contrário à coroa portuguesa de golpe e afirmou que Tiradentes foi o único inconfidente a confessar “crimes”.
Os posts no Instagram e no Facebook receberam muitos comentários é de desaprovação, sobretudo de deputados mineiros da oposição, que criticaram a escolha de palavras. Após a repercussão negativa do texto, a palavra “crimes” foi substituída por “atos”.
No texto completo das postagens, lia-se:
– A data de hoje recorda a luta dos Inconfidentes mineiros pela liberdade do Brasil e dos brasileiros. Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792. Minas respira liberdade, está em nossa bandeira. Viva Tiradentes!
Deputados e políticos da oposição questionaram o texto e reclamaram do governador do Estado, Romeu Zema (Novo). O deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) disse que “Zema não sabe o que foi a Conjuração Mineira, não sabe que lutar por liberdade não é crime, que defender sua nação não é golpe, não sabe distinguir inocentes de canalhas”.
O deputado federal Odair Cunha (PT-MG) afirmou que “Romeu Zema deveria estudar história antes de ser governador de um Estado libertário como Minas Gerais”. A deputada estadual Lohanna (PV-MG) declarou que “o analfabetismo histórico é mais que vexatório: é um desrespeito a nossa história”.
Zema homenageou o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) com a Medalha da Inconfidência na última sexta-feira, 21. O ex-presidente Michel Temer também foi homenageado, com o Grande Colar.
