O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou, nesta sexta-feira (05/12), que foi escolhido pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, como o nome do Partido Liberal (PL) para a disputa à Presidência da República em 2026. A informação foi divulgada em uma postagem nas redes sociais.
“Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo. (…) Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão”, escreveu o parlamentar, ao comunicar que recebeu a missão do pai de “dar continuidade ao nosso projeto de nação”.
Na publicação, Flávio também critica a gestão atual do país, ao citar o aposentados “roubados pelo próprio governo”, “narco-terroristas” dominando cidades e aumento de impostos. Ele afirma ainda que acredita em um novo tempo guiado pela fé: “Eu creio em um Deus que não abandona nossa nação”.
O senador encerra afirmando que Deus irá à frente dessa jornada política: “abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo”.
PL confirma Flávio como indicado para representar o partido
Em nota oficial, assinada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o PL ratificou a fala do senador e afirmou que Flávio Bolsonaro é o nome escolhido pelo ex-presidente para disputar o Palácio do Planalto em 2026.
“Como presidente do PL, informo que o senador Flávio Bolsonaro é o nome indicado por Jair Bolsonaro para representar o partido na disputa presidencial. Flávio me disse que o nosso capitão confirmou sua pré-candidatura. Então, se Bolsonaro falou, está falado! Seguiremos juntos, trabalhando com responsabilidade e compromisso com o Brasil.”
Bolsonaro está preso e inelegível
A indicação ocorre em um momento em que Jair Bolsonaro, maior liderança do PL, está preso e impedido de concorrer a cargos eletivos. Ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo referente ao Núcleo 1 da trama golpista e cumpre pena desde o dia 25 de novembro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
Na mesma data, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fosse comunicado da inelegibilidade do ex-presidente em razão da decisão condenatória colegiada. Segundo a Lei da Ficha Limpa, Bolsonaro fica impedido de disputar eleições por oito anos após o cumprimento da pena – o que estende a inelegibilidade até 2060, quando terá 105 anos.
O ex-presidente já estava inelegível até 2030 após condenação do TSE por abuso de poder político e econômico ao atacar o sistema eleitoral em reunião com embaixadores em 2022.



