A Receita Estadual de Minas Gerais fechou uma gráfica clandestina responsável pela produção em larga escala de embalagens destinadas ao mercado de produtos falsificados. A operação, batizada de Cartonagem Pirata, ocorreu na tarde dessa segunda-feira (24/11), em um galpão próximo a Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, onde funcionava uma estrutura industrial dedicada à fabricação de caixas de sapatos com diversas logomarcas de fabricantes internacionais de calçados.
No galpão, os auditores fiscais apreenderam aproximadamente 500 mil unidades de caixas prontas, utilizadas para dar aparência de legitimidade a produtos falsificados, especialmente tênis.
As embalagens eram comercializadas por cerca de R$ 1,20 cada, compondo um elo fundamental na cadeia logística do mercado clandestino.
Planejamento
A operação, planejada a partir do trabalho estruturado de inteligência fiscal, identificou indícios sólidos do funcionamento do esquema criminoso. Após confirmação das suspeitas, equipes da Receita Estadual se dirigiram ao local e flagraram a produção clandestina em plena atividade.
A operação Cartonagem Pirata integrou força-tarefa composta pela Receita Estadual e polícias Militar e Civil de Minas Gerais, que atuaram de forma coordenada para garantir a segurança da ação, a preservação das evidências e o encaminhamento dos procedimentos subsequentes.
De acordo com o subsecretário da Receita Estadual, Osvaldo Scavazza, a participação conjunta de instituições reforça o compromisso do Estado em combater estruturas que sustentam o crime organizado e a concorrência desleal.
“Com o conjunto de materiais, documentos e informações coletados, novas ações poderão ser deflagradas tanto no rastreamento das unidades onde os produtos falsificados são fabricados quanto na identificação das pessoas envolvidas em toda a cadeia criminosa de falsificações”, afirma Scavazza.
A Receita Estadual destaca que ações como essa fazem parte de uma estratégia contínua de enfrentamento ao crime organizado, à sonegação fiscal e ao mercado ilegal de mercadorias, valendo-se de inteligência fiscal e integração entre órgãos para desarticular estruturas que alimentam a falsificação e prejudicam a economia formal.
As apurações seguem em andamento e novos desdobramentos podem ocorrer a partir da análise dos elementos obtidos.



