A cidade de Itabira está presente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) para contribuir com o debate internacional sobre enfrentamento da crise climática, com foco em racismo ambiental, justiça social e desenvolvimento sustentável.
O prefeito e presidente da Amig Brasil, Marco Antônio Lage, participou nesta segunda-feira (17/11) da mesa “Adaptação Climática Antirracista e Justiça Climática nas Cidades”, a convite do Ministério da Igualdade Racial. O debate, mediado por Clédisson Geraldo dos Santos Júnior, Secretário de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, destacou o papel central dos municípios na resposta à crise climática e na redução das desigualdades.
A presença do município na COP reforça o compromisso da atual gestão em ampliar políticas públicas capazes de responder aos desafios sociais, econômicos e ambientais que marcam o território de uma cidade que nasceu e se desenvolveu a partir da mineração em larga escala — e cuja formação social é majoritariamente negra.

Em sua fala, Marco Antônio Lage apresentou Itabira como um microcosmo do Brasil minerado, lembrando que a atividade extrativa moldou tanto o clima quanto a desigualdade urbana. “Nós já estamos falando de como o ser humano vai se adaptar a um novo ambiente, um novo planeta, já devorado pelo sistema. A grande discussão é: será possível colocar freio e mudar o comportamento mundial para que o capitalismo reveja o futuro da produção, sendo capaz de cuidar mais da nossa terra-mãe?”, afirmou.
Também compuseram a mesa Junior Aleixo (ActionAid Brasil), Karina Penha (Amazônia de Pé) e Thaynah Gomes (Geledés – Instituto da Mulher Negra), reunindo gestão pública, pesquisa e ativismo em uma discussão estratégica sobre desigualdade, raça e clima. Para o prefeito, a participação de Itabira é estratégica para fortalecer a agenda de transição justa em um município historicamente impactado pela mineração. “Estamos aqui para mostrar que Itabira está empenhada em construir um novo ciclo de oportunidades, com diversificação econômica e práticas sustentáveis que reduzam desigualdades e promovam qualidade de vida para toda a população”, destacou.
Durante o evento, Marco Antônio Lage também abordou os desafios de um território onde a mineração segue como atividade econômica central, ressaltando que proteger os quilombos é garantir que o desenvolvimento respeite a memória e a dignidade dos povos que ajudaram a construir Itabira. A titulação desses territórios, segundo ele, é um compromisso público com o futuro, integrando patrimônio, cultura e natureza em um mesmo ato de reparação e valorização da vida coletiva.

Ao longo da COP, o prefeito tem participado de painéis, encontros e diálogos com instituições nacionais e internacionais, buscando parcerias para projetos estruturantes de inovação, sustentabilidade, inclusão social e proteção ambiental.
Itabira avança na construção de políticas públicas orientadas pela justiça climática, reconhecendo que as populações mais vulneráveis são também as mais expostas a riscos ambientais, e no enfrentamento ao racismo ambiental, promovendo ações de reparação histórica e equidade territorial.
A participação na COP reforça o compromisso do município com um futuro mais resiliente, justo e sustentável, alinhado às metas globais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.



