O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu na Justiça a condenação de cinco homens em Ipatinga, município do Rio Doce, por crimes envolvendo assassinato, tráfico de drogas e tentativa de homicídio em 2024. O julgamento começou às 9h desta terça-feira, 14 de outubro, e foi concluído na madrugada de quarta-feira, 15 de outubro, às 2h.
Um dos denunciados pelo MPMG foi sentenciado a 85 anos de prisão por duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio, associação criminosa e tráfico de drogas. As penas dos outros condenados foram de 104, 65, 34 e quatro anos de prisão. A menor pena foi aplicada ao homem acusado apenas de associação criminosa qualificada. Pelo MPMG, participou do julgamento o promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro.
Segundo a denúncia da 7ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, os crimes foram cometidos por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas e em via pública, colocando em risco a vida de outras pessoas.
De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram em 24 de maio de 2024, no bairro Planalto II, em Ipatinga. Na ocasião, os réus — armados com espingarda calibre 12, pistolas .40 e .380 e revólver calibre 38 — executaram dois homens, um de 18 anos e outro de 17 anos, além de tentar assassinar outro de 25 anos.
As investigações revelaram que o grupo atuava de forma organizada com o objetivo de controlar o tráfico de drogas na região. A motivação do crime decorreu da circulação, no bairro, de uma carta que anunciava uma “nova gestão” do comércio de entorpecentes. Os réus atribuíram às vítimas a autoria da carta, circunstância que desencadeou a ação criminosa.
Outro homem também foi denunciado pelo MPMG por participação nos crimes. Mas o processo foi desmembrado antes da escolha dos jurados, e o julgamento dele está previsto para o dia 1º de dezembro de 2025.
Para o promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, o resultado reafirma o compromisso do Ministério Público em garantir a responsabilização de integrantes de organizações criminosas e a proteção da sociedade. “Essa condenação representa uma resposta firme do sistema de Justiça diante de crimes bárbaros e da atuação de grupos voltados à violência e ao tráfico de drogas. É um passo importante na defesa da vida e da paz social em Ipatinga e em toda a região”, afirmou.