Um homem, de 25 anos, investigado pela prática de pelo menos nove casos de importunação sexual em Belo Horizonte, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta sexta-feira (03/10). As vítimas são mulheres de diferentes faixas etárias, incluindo quatro adolescentes, de 12 e 13 anos. Os crimes ocorreram em regiões distintas da capital.
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Investigação à Violência Sexual, o suspeito seguia um padrão de conduta: perseguia as vítimas em locais de menor movimento, abordava com pequenos diálogos e, em seguida, expunha suas partes íntimas, praticando atos de masturbação em via pública. Após a ação, fugia rapidamente em uma motocicleta, dificultando sua identificação.
Segundo a delegada Larissa Mascotte, o perfil do investigado aponta para uma prática compulsiva e reiterada. “Ele demonstrava um comportamento voltado à repetição desses atos criminosos, aproveitando-se da vulnerabilidade das vítimas e da rapidez da fuga com a motocicleta”, pontuou.
A prisão preventiva do suspeito, que trabalhava como motoboy, foi cumprida na manhã de hoje, no momento em que compareceu à delegacia para prestar depoimento, acompanhado de advogado. Durante o interrogatório, o investigado negou os fatos, alegando que costumava urinar em locais públicos. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional.
Atuação policial
À frente da Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância (Demid), a delegada Juliana Califf reforçou a relevância do trabalho investigativo para impedir a continuidade dos crimes. “Foi uma atuação rápida e eficiente da equipe, que conseguiu reunir elementos para subsidiar a prisão preventiva e resguardar novas vítimas”, observou.
Já a chefe do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), delegada Danúbia Helena Quadros, informou que além das apurações em andamento na Demid, há investigações em curso também na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
A PCMG não descarta a possibilidade de haver outras vítimas e orienta que eventuais casos sejam registrados para reforçar as investigações.