Um caso de possível violência contra uma criança autista de seis anos está sendo investigado em João Monlevade. Durante sua fala na reunião da Câmara desta semana, o vereador Fernando Linhares (Podemos) denunciou o ocorrido. Segundo ele, o menino teria sido agredido por uma monitora da Escola Estadual João XXIII onde estuda. O parlamentar, que é policial, cobrou a apuração dos fatos e reforçou a importância de capacitação dos profissionais da educação.
As informações são do site A Notícia.
Segundo informaçoes, o episódio ocorreu na última sexta-feira (19). “Meu filho relatou à mãe que havia sido arranhado por uma monitora da escola. Ao verificarmos, constatamos marcas evidentes de unhas em sua mão, que estava machucada e já com sinais de inflamação”, afirmou. A família registrou Boletim de Ocorrência, fez fotografias das lesões e comunicou o fato à direção da unidade.

O pai ainda disse que essa não foi a primeira vez que o menino apresenta marcas suspeitas. “Em outra ocasião, meu filho já havia apresentado hematomas debaixo do braço, situação que foi relevada em razão de sua condição de agitação. Porém, desta vez, as lesões foram mais sérias, trazendo dor, inflamação e forte abalo emocional”, relatou.
De acordo com ele, a criança confirmou o ocorrido citando o nome da funcionária envolvida. Emocionado, o pai destacou a vulnerabilidade de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e cobrou mais preparo dos profissionais. “Uma família inteira sofre quando isso acontece. A criança autista necessita de acolhimento, paciência e profissionais preparados. Nosso objetivo é levar o caso adiante para que os fatos sejam devidamente apurados e, acima de tudo, para que situações como essa não se repitam”, disse.
Escola apura o caso
Procurada, a direção da escola confirmou ter recebido a denúncia e informou que a situação já foi encaminhada para as instâncias competentes. “De fato, houve uma denúncia de que uma servidora apertou a mão de uma criança de modo que a machucou. A família compareceu à escola para dialogarmos sobre a situação. O caso já foi comunicado à Superintendência Regional de Ensino de Nova Era e encontra-se em fase de apuração pelo serviço de inspeção escolar, a fim de que sejam dados os devidos encaminhamentos, caso a denúncia seja confirmada”, informou a direção da escola.