O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou neste sábado (16/08) a prisão domiciliar em Brasília para realizar exames médicos no Hospital DF Star. A autorização foi concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após pedido da defesa, que alegou a necessidade de acompanhamento do tratamento medicamentoso, reavaliação de sintomas de refluxo e soluços persistentes, além de uma verificação geral das condições de saúde do ex-presidente.
De acordo com a decisão, Bolsonaro poderá permanecer na unidade hospitalar por até oito horas. Seus advogados deverão entregar ao ministro Alexandre de Moraes, até segunda-feira (18), um documento comprovando a presença no hospital, com registro das datas e horários dos atendimentos.
Visitas autorizadas
O ministro Alexandre de Moraes também tem autorizado visitas a Bolsonaro durante o período de prisão domiciliar. Os pedidos são intermediados pela defesa e dependem da anuência do ex-presidente. Nos próximos dias, ele deve receber o senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), o vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo, e o deputado Tomé Abduch.
Nesta quinta-feira (14), Bolsonaro foi visitado pelo líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS). O encontro, no entanto, gerou atrito com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, após o parlamentar sugerir um churrasco durante a visita.
Julgamento marcado para setembro
Além das saídas médicas, Bolsonaro também deverá deixar a prisão domiciliar em setembro para acompanhar o julgamento no qual é réu por tentativa de golpe de Estado. O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, marcou o início do julgamento para 2 de setembro. A análise do caso, que envolve Bolsonaro e outros sete réus, deve se estender até o dia 12.