A Polícia Civil cumpriu nessa quinta-feira (14/08) em Itabira um mandado de prisão preventiva contra um homem de 35 anos acusado de violentar sexualmente a própria filha adolescente. O delegado João Martins Teixeira explicou em coletiva de imprensa que os crimes começaram há três anos, quando a menina tinha 13 anos. A investigação é relativa aos crimes de estupro de vulnerável e importunação sexual.
A Polícia Civil teve conhecimento dos supostos abusos na semana passada, quando a mãe da adolescente descobriu mensagens impróprias enviadas pelo pai da vítima, ela procurou uma advogada e depois o Conselho Tutelar para denunciar os crimes. A jovem foi acolhida no Hospital Carlos Chagas, onde foi realizada a escuta especializada. Ali, ela contou estar sendo abusada há três anos, o que ensejou à abertura do inquérito.
A Polícia Civil realizou as diligências necessárias à apuração e solicitou a prisão preventiva do suspeito, atendida pelo Poder Judiciário e executada nessa quinta-feira. Ao ser preso, o pai da moça confessou os crimes, que começaram com toques inadequados, aumentando de gravidade conforme os anos. Ele se aproveitava de momentos em que a mãe e o irmão da vítima estavam em outros ambientes para cometer os abusos.
Em abril, ele já havia sido preso por agredir a garota ao descobrir que ela adicionara um homem numa rede social. O delegado João Martins Teixeira explicou que isso indicaria um sentimento de posse sobre a filha, como se ela fosse sua mulher ou um objeto para satisfazer seus desejos. O investigado trabalhava na zona rural e simulou espanto quando recebeu a voz de prisão, mas ao chegar à delegacia, confessou os crimes.
O agressor ainda teria coagido o namorado da jovem, um rapaz de 17 anos, para que tivesse relações sexuais com a adolescente, de forma a encobrir que ela já não era mais virgem. A mãe começou a desconfiar de que a filha tivera uma relação sexual ou fora violentada, e planejava levá-la a um ginecologista.
Segundo o delegado João Martins Teixeira, o namorado da vítima não terá qualquer responsabilização, pois também foi vítima da coação e ajudou a elucidar os fatos. O inquérito está em fase avançada e deve ser concluído nos próximos dias. O delegado orienta que as pessoas que sofreram algum tipo de agressão sexual procurem o Hospital Carlos Chagas para realizarem os exames necessários. A Polícia Civil pode ser acionada através do telefone 197.