A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, nessa segunda-feira (30/06), a investigação que apurou a prática de estelionato e falsidade ideológica por parte de uma mulher, de 37 anos, suspeita de simular ser portadora de câncer com o objetivo de obter vantagens financeiras, em Divinópolis e região Centro-Oeste do estado.
De acordo com as apurações, a investigada teria promovido campanhas de arrecadação por meio de rifas, vaquinhas virtuais, eventos beneficentes e doações espontâneas, alegando estar em estágio avançado de tratamento oncológico. A narrativa sensibilizou familiares, amigos e pessoas de outras localidades, que contribuíram com recursos acreditando se tratar de uma causa legítima.
Durante o curso da investigação, a PCMG requisitou prontuários e exames a hospitais da região, clínicas especializadas e ao plano de saúde da suspeita. Os documentos foram analisados por um médico-legista da instituição, que atestou a inexistência de qualquer diagnóstico ou tratamento oncológico.
Além disso, o inquérito apurou que a mulher teria feito empréstimos bancários em nome do companheiro, sem autorização, e utilizado nomes de terceiros em consórcios informais, sendo o destino dos valores ainda objeto de apuração complementar.
Com base nas provas reunidas, a investigada foi indiciada pelos crimes de estelionato majorado e falsidade ideológica O procedimento foi remetido ao Poder Judiciário para as providências cabíveis.
Delegada alerta sobre campanhas falsas
A delegada responsável pelo caso, Adriene Lopes, destacou o impacto social causado por esse tipo de fraude, especialmente por explorar a solidariedade coletiva. “Casos como este abalam a confiança da população em campanhas de arrecadação e acabam prejudicando diretamente aqueles que realmente enfrentam doenças graves e necessitam de apoio. Por isso, orientamos que as pessoas tenham cautela e verifiquem a veracidade das informações antes de realizar qualquer tipo de doação”, afirmou.