O lago da cava da Mina de Águas Claras (MAC), na região da Serra do Curral, em Nova Lima, foi palco de um evento-teste voltado à requalificação da área. A Vale promoveu, na primeira quinzena de junho, a “Expedição Cava Uso Futuro”, que reuniu mergulhadores, nadadores e especialistas para avaliar, de forma segura e controlada, o potencial do local para práticas esportivas aquáticas e subaquáticas.
Natação no lago formado na antiga cava da Mina de Águas Claras. Crédito: Caturra Filmes
Com 148 metros de profundidade e mais de 900 metros de extensão, a antiga cava de mineração foi cenário para mergulho em apneia, scuba e natação em águas abertas. As atividades foram realizadas em ambientes controlados, previamente sinalizados e monitorados por equipes técnicas especializadas, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e acompanhamento do Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG).
“A atividade foi planejada com extremo rigor técnico e conduzida de forma minuciosa para garantir a integridade e segurança dos atletas e de todos os envolvidos no evento, sem nenhuma intercorrência registrada”, destaca Luiz Henrique Medeiros, diretor de Territórios e Uso Futuro da Vale.
A iniciativa integra o processo participativo de definição dos futuros usos da MAC, com foco em inovação, segurança e escuta ativa da sociedade. “A Expedição Cava Uso Futuro reforça o compromisso da Vale com a valorização do patrimônio natural e histórico de Nova Lima e da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Este evento representa mais um passo para promovermos o uso responsável e inovador de áreas anteriormente destinadas à atividade mineral, alinhando desenvolvimento sustentável e legado positivo para a comunidade”, explica Medeiros.
Mergulho realizado com rigoroso protocolo de segurança. Crédito: Caturra Filmes
O evento contou com a participação dos parceiros Xterra, Prevent Segurança Aquática, AIDA Brasil, FreeDive BH, NAUI, UFMG e escola de mergulho Mar A Mar.
Sobre a Mina de Águas Claras (MAC)
A MAC foi desativada em 2002 e está sob a gestão da Vale desde 2006, quando a empresa adquiriu a MBR e assumiu o compromisso de realizar as obras necessárias para a recuperação ambiental e o fechamento da mina. Com cerca de 2 mil hectares, a unidade abriga 1.225 hectares de áreas verdes protegidas, como a RPPN Mata do Jambreiro, além de reservas e áreas de proteção permanente de biomas como cerrado, campos rupestres e florestas estacionais.