Os Correios abriram uma licitação para contratar carros de luxo para a diretoria da empresa. O valor da contratação é mantido em sigilo.
O objetivo é ter o fornecimento de quatro veículos de luxo por 30 meses, com motorista e combustível inclusos. De acordo com a proposta de contrato, cada carro poderá rodar até 1.000 quilômetros por mês por um valor fixo.
Há ainda a previsão de um custo variável de até 115 quilômetros adicionais por mês. As informações são do Radar, da Veja.
PRESIDENTE DOS CORREIOS AUMENTOU PRÓPRIO SALÁRIO
Na contramão da realidade econômica dos Correios, a diretoria da estatal sofreu expressivo reajuste salarial nos últimos dois anos. Em meio ao rombo histórico que assola a empresa, o presidente da instituição, Fabiano Silva dos Santos, concedeu a si mesmo um aumento de 14% desde que foi nomeado, enquanto os demais funcionários foram reajustados em pouco mais de amargos 4% neste mesmo período em questão, de acordo com o site Metrópoles.
O déficit financeiro dos Correios chegou, em 2024, ao montante de R$ 2,6 bilhões, valor que corresponde a quatro vezes o prejuízo de 2023, que foi de R$ 597 milhões. O fracasso representa o primeiro resultado negativo bilionário da estatal desde o ano de 2016. Mas isso não é, necessariamente, um problema para o presidente da empresa, que aumentou seu salário de R$ 46,7 mil (em março de 2023) para R$ 53,3 mil (em abril de 2024).
Os benefícios também foram reajustados. O auxílio-moradia foi de R$ 4,3 mil para R$ 4,7 mil, o auxílio-alimentação aumentou de R$ 699 para R$ 1.036, e a previdência complementar foi ajustada de R$ 7,6 mil para R$ 7,9 mil.
Diretores receberam aumento salarial de R$ 40,6 mil para R$ 46,3 mil entre o início desta gestão e em 2024, recebendo ainda os acúmulos dos benefícios.
Foi sob o comando de Fabiano Santos, o atual presidente dos Correios, indicado pelo presidente Lula (PT), que os Correios viram sua boa fase desmoronar. No governo Jair Bolsonaro (PL), a estatal vinha acumulando superávit, mas na mudança de governo, a empresa começou a ruir financeiramente. A atual gestão dos Correios chegou a realizar uma manobra na contabilidade a fim de colocar na conta de 2022 os gastos realizados já nesta gestão, tentando disfarçar o péssimo trabalho realizado.