As fortes chuvas que atingem Minas Gerais já causaram 24 mortes entre setembro de 2024 e o início de janeiro de 2025, deixando mais de 40 municípios em situação de emergência e centenas de desabrigados. O levantamento, realizado pelo jornal O Tempo, inclui 11 pessoas que faleceram neste domingo (12), nos Municípios de Ipatinga e de Santana do Paraíso, ambos no Vale do Aço.
Diante disso, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), por meio do programa Assembleia Solidária, decidiu se engajar na Campanha SOS Chuvas 2025, da Cruz Vermelha Brasileira Afiliada Minas Gerais (CVB-MG).
A partir desta terça-feira (14/1/25), um posto de arrecadação de donativos começa a funcionar na sede da ALMG. O posto de coleta ficará na entrada do Palácio da Inconfidência, na Rua Rodrigues Caldas, nº 30, entre 9 e 17 horas, para receber alimentos não perecíveis ou cestas básicas, água, itens de limpeza e de higiene pessoal.
A campanha incentiva a doação de qualquer valor, por pix, em favor da Associação de Servidores da ALMG (Aslemg): aslemg@aslemg.org.br. A arrecadação será repassada integralmente para a Cruz Vermelha. A mobilização vai até 31 de janeiro, mas pode ser prorrogada se perdurar a situação de emergência.
De acordo com a Cruz Vermelha de Minas Gerais, o foco principal da campanha são as doações via pix, para abastecer os cartões humanitários que serão distribuídos em breve nas cidades atingidas pelas fortes chuvas.
A Cruz Vermelha de Minas informou que, em 2024, entregou 2.153 cartões, que impactaram e deram autonomia a mais de 8,6 mil pessoas. Ao todo, a CVB-MG atendeu 29 cidades de Minas Gerais, com envolvimento de mais de 450 voluntários.
A opção pelos cartões eletrônicos, na avaliação da entidade, permite uma resposta mais rápida e efetiva para famílias que necessitam de doações, tendo em vista os altos custos para armazenamento, aquisição, separação, empacotamento e logística de distribuição de donativos.
O cartão humanitário, segundo a Cruz Vermelha, também permitiu atender pequenos comerciantes que sofreram diretamente com a queda do poder aquisitivo de clientes, além de ter possibilitado a famílias a necessária autonomia para decidir prioridades no momento de dificuldade, bem como para comprar produtos em locais de sua preferência.