O dia 03 de novembro de 2024 tem lugar garantido na história da Fórmula 1. Foi nesse dia que o mundo viu a grande corrida da carreira do multicampeão Max Verstappen. Atuação para ser vista e revista, lembrada e celebrada. Sob forte chuva, com baixa visibilidade e em um asfalto traiçoeiro, ele mostrou porque caminha para seu quatro título seguido ao dominar a prova de forma categórica.
O holandês da Red Bull largou do distante 16º lugar após ter azar com uma bandeira vermelha na classificação. Longe dos ponteiros, ele acelerou, escalou o pelotão com facilidade e venceu o GP de São Paulo com 20 segundos de vantagem, empilhando uma sequência impressionante de 17 voltas mais rápidas.
É bem verdade que, em parte, o azar da classificação acabou compensado pela sorte de outra bandeira vermelha na corrida, que lhe permitiu trocar pneus sem parar nos boxes e ganhar algumas posições. Mas a sorte mostrou que acompanha os competentes. Com todos os pilotos sofrendo para controlar seus carros sob a chuva forte, Verstappen permaneceu sereno, concentrado e pilotando com uma perfeição que beirou o robótico.
O dia que começou preocupante para Max, largando do fundo do grid e vendo seu perseguidor Lando Norris largar da pole, terminou de maneira totalmente oposta. Norris largou mal, cometeu erros e ainda teve má sorte com o timing da bandeira vermelha, terminando em 5º. A diferença de 62 pontos no mundial de pilotos deixa o tetracampeonato muito bem encaminhado para o Verstappen.
No caos da chuva, a Alpine também se deu bem, com seus dois pilotos no pódio. Discreta o ano inteiro, a equipe francesa apostou em manter seus dois carros na pista o máximo possível e acabou recompensada com a mesma bandeira vermelha que ajudou Max e prejudicou Norris. Esteban Ocon terminou em 2º e Pierre Gasly em 3º, em resultado extremamente improvável. A temporada da Fórmula 1 segue para o Catar, onde Verstappen pode confirmar o quatro título mesmo se chegar atrás de Lando Norris. Questão de tempo.