A Polícia Civil divulgou na tarde desta sexta-feira (02/08) os resultados da operação realizada ontem em João Monlevade. A ação visitou o gabinete de um vereador na Câmara Municipal e na casa de uma assessora do parlamentar e alvo do mandado de busca e apreensão.
Os policiais recolheram um computador, cinco celulares e dezenas de documentos com indícios de falsificação.
A corporação investiga a falsificação do carimbo e da assinatura de uma médica, denunciada em maio pela própria profissional. As apurações continuam, com a análise do material recolhido. Além de assessora, o nome de um outro suspeito, também foi associado ao escândalo, mas ele não foi alvo da ordem judicial.
O que diz o vereador
Questionado pelo site A Notícia, o vereador Rael Alves afirmou, que não tinha conhecimento da operação, mas que, “de sua parte, não tem nada a temer”. Ele gravou um vídeo e falou mais sobre o assunto.
Rael afirmou que sua assessora foi acusada por um assessor de outro parlamentar, que entregou o pedido num posto médico. O vereador justificou que sua funcionária permanece trabalhando porque ele “não possui bola de cristal”: “Não tenho como adivinhar quem está errado. Ela vai continuar trabalhando, porque temos de esperar a decisão da Justiça, para decidir quem está errado”.
O legislador reafirmou que jamais pediu a seus assessores para que fizessem nada errado, “mesmo porque não há precisão”, e que não é alvo da investigação. Mesmo assim, Rael Alves colocou-se à disposição para prestar esclarecimentos, dizendo-se tranquilo sobre o assunto: “Tenho trabalhado todos os dias, com muita seriedade, com dedicação”.
Presidente da Casa Legislativa
O presidente da Câmara Municipal, Fernando Linhares (Podemos), acompanhou a ação dos policiais no prédio do Legislativo, segundo ele, para garantir a lisura do processo. Ele disse que desde o início das investigações, colocou a Câmara à disposição, tanto da Polícia quanto dos vereadores. Fernando Linhares destacou ainda que a nomeação de assessores nos gabinetes é responsabilidade dos parlamentares, sem interferência do Legislativo na rotina dos gabinetes dos vereadores.



