A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas de covid-19. Além de Bolsonaro, foram indiciados o tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Caso o Ministério Público acate, eles vão responder à Justiça pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público.
A PF, no caso de Cid, também aponta crime de uso indevido de documento falso. Ele confessou ter fraudado não só o próprio cartão de vacinação, como o da esposa, dos filhos, de Bolsonaro e da filha do ex-presidente, Laura. As informações foram divulgadas pelo blog da jornalista Daniela Lima, do portal ‘G1’.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso em maio de 2023 durante a Operação Venire, da Polícia Federal, que apura o suposto esquema de fraude em cartões de vacinação.
Bolsonaro, que sempre disse nunca ter se vacinado contra covid, nem autorizado a aplicação do imunizante na filha, nega ter pedido Cid para fraudar um cartão para ele e Laura. Assim como o ex-chefe do Executivo, Cid e outros ex-assessores próximos dele atacaram as vacinas contra covid-19. Chegaram a dizer inclusive que elas, em vez de proteger, “deixavam sérias sequelas, principalmente em crianças”.
Os outros indiciados são:
Gabriela Santiago Cid, mulher do ex-ajudante de ordens; Marcelo Costa Câmara, Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro, assessores do ex-presidente; Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército; Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército; Farley Vinicius Alcântara, médico; João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias; Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias; Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias; Célia Serrano da Silva, médica da prefeitura de Duque de Caxias; Eduardo Crespo Alves, militar; Paulo Sérgio da Costa Ferreira; e Marcelo Fernandes Holanda.