Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1 e um dos pilotos mais bem-sucedidos de todos os tempos, correrá a partir de 2025 pela Ferrari, depois de ativar uma cláusula de liberação de seu contrato com a Mercedes, assinado em agosto.
A notícia bombástica, confirmada pela Mercedes e em comunicado de uma linha pela Ferrari, ocorre após um dia de grandes especulações, com o mundo do automobilismo esperando pelas notícias vindas de Maranello e Brackley.
“A Scuderia Ferrari tem o prazer de anunciar que Lewis Hamilton se juntará à equipe em 2025, com um contrato multianual”, informou a escuderia italiana.
“Tive 11 anos incríveis com este time e estou muito orgulhoso do que atingimos juntos. A Mercedes faz parte da minha vida desde que eu tinha 13 anos”, disse Hamilton em comunicado da sua atual escuderia. “É o lugar onde cresci, então tomar a decisão de sair foi uma das mais difíceis que já tomei. Mas é o momento certo para eu dar esse passo e estou animado para o novo desafio.”
Hamilton afirmou que quer finalizar sua trajetória na Mercedes em alta e que está “100% comprometido em entregar a melhor performance possível nesta temporada e fazer do meu último ano na Flecha Prateada algo para ser lembrado”.
O britânico de 39 anos vai substituir o espanhol Carlos Sainz na Ferrari, correndo ao lado do monegasco Charles Leclerc. Será a primeira vez que a equipe terá um campeão mundial desde a saída do alemão Sebastian Vettel, em 2020.
Em 2012, Hamilton surpreendeu ao deixar a vencedora McLaren para uma Mercedes ainda com status de equipe que tinha algo a provar. A Ferrari é a equipe mais antiga, glamourosa e bem-sucedida da história da F1, mas não vence um Mundial de pilotos desde 2007 e, como Hamilton, está ansiosa para voltar ao topo. O britânico não vence uma prova desde dezembro de 2021.
Com sete títulos do Mundial de pilotos, ele é recordista ao lado do alemão Michael Schumacher, que correu pela Ferrari de 1996 a 2006, durante uma época dourada em Maranello.
A troca levantou muitas dúvidas sobre o porquê de Hamilton anunciar a saída da equipe um mês antes do início da temporada, mas estende sua carreira pelo menos até 2026 e o mantém no topo da categoria.
Apesar de sua lealdade à Mercedes, Hamilton permaneceu próximo do chefão da Ferrari, Fred Vasseur, após vencer os títulos da Fórmula 3 e da GP2 (atual Fórmula 2) pela equipe francesa ART, em 2005 e 2006.
Vencedor de 103 corridas e com 104 pole positions, Hamilton não teve um carro à altura para competir com a Red Bull e o holandês Max Verstappen nas últimas temporadas. No ano passado, ele ficou em terceiro lugar no Mundial de pilotos, e a Mercedes foi vice-campeã de Construtores.
A Mercedes precisa agora buscar um companheiro de equipe para o britânico George Russell.