Um sargento da Polícia Militar (PM) de 29 anos foi atingido por um tiro na cabeça e outro na perna no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (05/01). Ele está internado em estado gravíssimo no pronto socorro do Hospital João XXIII.
Os disparos aconteceram durante uma abordagem policial na avenida Risoleta Neves. O militar, que pertence ao 13º batalhão da PM, completa 10 anos na polícia neste sábado (6).

Militares amigos do policial informaram que os projéteis estão alojados no cérebro do policial e que o caso é irreversível. As equipes médicas aguardam o resultado de uma tomografia para confirmar a morte cerebral. Dois suspeitos foram presos.
Polícia Militar aguarda protocolos médicos para confirmar morte cerebral de policial baleado na cabeça

“Infelizmente a situação dele é considerada gravíssima. Foram iniciados todos os protocolos para a constatação da morte cerebral. Não temos oficialmente declaração de morte, isso não aconteceu. A situação inicialmente é irreversível e os exames precisam ser feitos de hora em hora, há todo um protocolo médico. Nós só declararemos a morte desse policial militar, se acontecer, quando o próprio hospital o fizer. Nós respeitaremos o tempo que for necessário, ainda nos apegando à fé. Milagres existem”, afirmou a porta-voz da PM.
Ministério Público foi contra saída temporária para o suspeito de balear PM em BH
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contestou a concessão de saída temporária ao suspeito de 26 anos, acusado de balear o sargento na última sexta-feira (05), no bairro Novo Aarão Reis, região norte de Belo Horizonte.
O MPMG argumentou que o suspeito, com histórico de indisciplina e um passado de furto de veículo durante o regime semiaberto em julho de 2023, não demonstrava autodisciplina nem senso de responsabilidade. Apesar disso, a juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, concedeu-lhe o direito ao trabalho externo e 35 dias de saídas temporárias, em períodos de até sete dias cada.
A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária, que não apresentava faltas graves, embora o Ministério Público tenha apontado o episódio de furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça, e até o momento, o pedido aguarda análise.