O Memorial Vale recebe esta semana shows musicais instrumentais e de MPB: nesta quinta-feira dia 21 de setembro (19h) haverá a sexta edição do projeto Música de Câmara, da Orquestra Ouro Preto, que trará o Duo Rodrigo Oliveira e Miriam Bastos, que farão concerto de violino e piano; no sábado dia 23 de setembro haverá mais uma edição do festival Os Sons do Brasil, que trará Claudio Nucci (11h) com o show Direto do Coração, e Aline Paes e Bondeson, com o show BondeGal (15h); no domingo, dia 24, às 11 horas, o Tabajara Belo Quinteto fará o show de lançamento do álbum “Disco 73”. Todas as apresentações são gratuitas e fazem parte da 17ª Primavera de Museus.
Exposição Araetá
Está em cartaz até 5 de novembro a exposição “Araetá a literatura dos povos originários”, que apresenta a produção literária de 40 diferentes povos dentre as 305 etnias existentes no Brasil. Trata-se de uma produção literária composta por 335 títulos, de 110 escritores, publicados por 120 diferentes editoras brasileiras. É atualmente a maior reunião, em um espaço exclusivo, das produções de literatura indígena no Brasil feitas desde 1998.
Contação de histórias e visita mediada em Araetá
O Educativo do Memorial Vale convida o público a participar de duas ações junto de “Araetá” aos sábados e domingos. Às 10h30, a equipe do Educativo oferece um momento de contação de histórias a partir dos livros presentes na exposição. Em seguida, às 11 horas, haverá uma visita mediada à exposição, para que os visitantes possam descobrir a riqueza da literatura brasileira protagonizada pelos autores indígenas.
O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .
CONFIRA OS DETALHES DA PROGRAMAÇÃO DESTA SEMANA:
Dia 21 de setembro – 19h – Música de Câmara com Rodrigo Oliveira e Miriam Bastos
Na próxima quinta-feira, dia 21 de setembro, às 19 horas, o Memorial Vale recebe mais uma atração da série “Música de Câmara”, projeto da Orquestra Ouro Preto que reúne grandes talentos da música mineira em apresentações intimistas. Esta sexta edição será com o Duo Rodrigo Oliveira e Miriam Bastos, dois talentosos artistas que se unem para apresentar um surpreendente concerto de violino e piano, conduzindo o público a um instigante repertório com Fritz Kreisler, Beethoven, Piazzolla e outros compositores ilustres. A Orquestra Ouro Preto tem patrocínio do Instituto Cultural Vale. A retirada de ingressos – gratuitos – deve ser feita uma hora antes do evento, sendo no máximo um ingresso por pessoa, pois os lugares são limitados.
Rodrigo Oliveira e Miriam Bastos se notabilizam na cena erudita pela grande capacidade técnica e refinamento no trato do instrumento. Violinista com passagem por importantes formações orquestrais, entre elas a Orquestra Ouro Preto, Oliveira vem se destacando desde muito jovem, quando despontou para a música de concerto ainda aos 19 anos. Já a pianista, além da excelência musical, destaca-se como pesquisadora acadêmica tendo se aprofundado, entre outros temas, em Música Brasileira. Para saber mais sobre o duo, acesse a página: @rodrigo_violinist
A curadoria da série “Música de Câmara” é assinada pelo maestro Rodrigo Toffolo e a programação ao longo do ano prevê a apresentação de uma série de duos, trios e quartetos formados por artistas que são referência em seus instrumentos e se destacam no universo da música sinfônica ou popular.
Dia 23 de setembro – 11h (Cláudio Nucci) e 15h (Aline Paes e Bondesom) – Festival Os Sons do Brasil
No sábado dia 23 de setembro o Memorial Vale recebe dois shows do projeto “Já Raiou a Liberdade – Os Sons do Brasil, às 11 horas com Claudio Nucci que apresenta Direto do Coração, e às 15 horas com Aline Paes e Bondeson, que fazem o show BondeGal. O evento traz a variedade de gêneros que compõem os sons brasileiros: samba, choro, MPB, bossa nova, ritmos regionais, do baião ao xaxado, do axé ao rock’n roll e a música clássica. O Festival “Os Sons do Brasil” tem patrocínio do Instituto Cultural Vale. A retirada de ingressos – gratuitos – deve ser feita uma hora antes do evento, sendo no máximo um ingresso por pessoa, pois os lugares são limitados.
11h – Show Direto no Coração, com Claudio Nucci
Claudio Nucci, violonista, ex-integrante do Boca Livre, celebra quatro décadas de carreira fonográfica, acompanhado da percussão elegante de Rafael Lorga e do apoio vocal da carioca Dri Gonçalves. Ele apresenta o seu novo show, Direto no Coração, com repertório versátil e músicas que marcaram época na sua trajetória com o Boca Livre.
15h – BondeGal, com Aline Paes e Bondesom
BondeGal é a junção de três potências: a força e a amplitude da voz de Aline Paes, o balanço pulsante do Bondesom e o repertório da inigualável Gal Costa. A gama de paisagens sonoras que o repertório de Gal propõe é terreno fértil para a criatividade dos músicos. Gal era reconhecida por gravar coisas diferentes e todo esse amálgama ganha identidade própria neste projeto.
Dia 24 de setembro – 11h – Tabajara Belo Quinteto – Show de lançamento Disco 73
No domingo dia 24 de setembro, às 11 horas, o Memorial Vale recebe o Tabajara Belo Quinteto, que fará o show de lançamento do álbum “Disco 73”. Passeando entre violões e guitarra, Tabajara será acompanhado por Bruno Pimenta com flautas, Emílio Castilho ao piano, Hiago Fernandes no contrabaixo e Henrique Nolasco na bateria. A apresentação integra o projeto Memorial Instrumental, que tem curadoria de Juliana Nogueira. É preciso retirar os ingressos uma hora antes do evento, no máximo um ingresso por pessoa, pois os lugares são limitados.
Tabajara Belo é violonista, guitarrista e compositor de destaque na cena musical de Minas e do Brasil. Bacharel em violão pela UFMG, Master of Guitar pela University of Arizona e PhD em Composição pela University of Florida, é professor efetivo da Universidade Federal de Ouro Preto. Aclamado pela imprensa especializada, seu CD de estreia recria, em arranjos vigorosos, pérolas da canção brasileira de ontem e de hoje. Lançou, em 2009, seu segundo disco – “Suíte Brasil”, em parceria com o flautista Bruno Pimenta. Trabalha atualmente na produção de seu terceiro álbum e no documentário “Texturas do Pinho”, sobre sua obra Estudos para Improvisação Multi-textural no Violão Solo.
Exposições em andamento no Memorial vale
Até 5 de novembro – Araetá: a literatura dos povos originários
O Memorial Vale recebe até o dia 5 de novembro a exposição “Araetá: a literatura dos povos originários”, que apresenta a produção literária de escritores indígenas de 1998 até dos dias atuais. Dentre as 305 etnias existentes no Brasil, 40 diferentes povos têm a literatura representada nesta exposição, compondo uma produção literária de 335 títulos de 110 escritores publicada por 120 diferentes editoras brasileiras. Os escritores estão divididos por biomas – Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. As produções literárias são fruto das obras de nomes como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Cristino Wapichana, Álvaro Tukano, Daniel Munduruku, André Baniwa, Yaguarê Yamã, Márcia Kambeba, Auritha Tabajara, Graça Graúna, Kaká Werá Jekupé, Olívio Jekupé, Werá Jeguaka Mirim e Maria Kerexu, Gleycielli Nonato e Marcos Terena, entre outros.
Partindo de uma catalogação da literatura de autoria indígena no Brasil, a exposição, apresentada pelo Instituto Cultural Vale e pelo Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, contempla livros escritos e narrados por indígenas em língua portuguesa e nativa, apresentando ao público um acervo nunca antes reunido.
Araetá tem curadoria de Ademario Payayá, escritor e educador, e Selma Caetano, gestora cultural à frente do Prêmio Oceanos, uma das maiores premiações de literatura em Língua Portuguesa do mundo. A consultoria literária é do escritor Daniel Munduruku e do linguista e professor Ariabo Kezo, que faz a narrativa de apresentação do percurso expositivo.
A exposição
A exposição é composta por duas salas que formam um percurso da produção literária indígena no Brasil, mas não só. Ao lado dos livros expostos há vídeos, áudios, fotografias e ilustrações que revelam ao visitante o contexto em que vivem os autores, seus territórios, lutas e cultura.
Muito se escreveu e se escreve sobre os povos originários, mas Araetá aposta no protagonismo dos escritores indígenas para contar e atualizar sua própria história. “Esta exposição reúne os nomes mais influentes e importantes entre escritores e pensadores das questões e arte indígena da atualidade. A literatura permite que os indígenas falem por si e mostrem suas cosmovisões e sua atuação na preservação dos seus territórios”, observa o diretor do Memorial Vale, Wagner Tameirão.
Além das obras literárias, o público poderá ver ilustrações, vídeos e fotografias feitas nas aldeias pelos indígenas ou para os indígenas, por nomes como Sebastião Salgado, Maureen Bisilliat, Alice Arida, Denilson Baniwa, Cleber Kronun de Almeida (fotógrafo e cineasta do povo Kaingang), Richard Werá Mirim (do povo Guarani) e João Farkas, entre outros.
A literatura indígena
A publicação de livros com autoria indígena é um fenômeno relativamente recente. Na década de 1970, a escritora Eliane Potiguara mimeografou e publicou inúmeras poesias e cartilhas didáticas. Uma década depois, Umúsin Panlõn Kumu e Tolamãn Kenhíri, do povo Desana, publicaram oficialmente o primeiro livro de autoria indígena, “Antes o mundo não existia”. De lá para cá, muita coisa aconteceu e a exposição se propõe a retratar o cenário da literatura indígena que vem se formando desde então.
“Já se disse que os povos indígenas são de tradição oral e que, por conta disso, não podem, não sabem e não precisam fazer literatura. Tal afirmação se justifica dentro de um entendimento antigo que não compreende ou não quis compreender a dinâmica da cultura humana: ela está em movimento. Engana-se, portanto, quem acredita que os povos indígenas são humanos presos a um passado ancestral e que sua existência se deve a um permanente apego ao já vivido”, diz Daniel Munduruku.
Salvaguarda da cultura indígena
A exposição faz parte de um conjunto de iniciativas do Instituto Cultural Vale pela preservação e valorização das culturas indígenas. No dia 26 de setembro, o Centro Cultural Vale Maranhão abrirá ao público a exposição “Maranhão: Terra Indígena”, panorâmica que apresentará os povos indígenas do estado por meio da sua produção de artefatos e artes ancestrais, com uma imersão do público em seus modos de vida por meio de objetos, mapas, fotos e vídeos. A exposição contará também com filmes produzidos no projeto Vidas Indígenas Maranhão, realizado pelo Museu da Pessoa com patrocínio do Instituto Cultural Vale: no projeto, jovens dos povos Ka’apor, Awa-Guajá e Guajajara receberam formação em produção audiovisual e metodologias de preservação de memória. Assim, eles se tornaram “Guardiões da Memória” de histórias de vida de suas aldeias. Como um dos legados do projeto, os equipamentos de filmagem e computadores são doados para as comunidades.
Até 31 de dezembro – Exposição Rios de Lembranças: (en)Cantos das Lavadeiras de Almenara, de Jéssica Marroques
O Memorial Vale está com a exposição “Rios de Lembranças: (en)Cantos das Lavadeiras de Almenara”, de Jéssica Marroques. A exposição integra o projeto Novos Pesquisadores, do Educativo do Memorial Vale e mostra o resultado do trabalho acadêmico de Jéssica Marroques, que é licenciada em Artes Visuais (UEMG) e bacharel em Cinema e Audiovisual (UNA). Este evento faz parte da 17ª Primavera dos Museus.
Jéssica é especialista em Arte e Movimento, mestra em Estudos do Lazer (UFMG) e doutoranda em Educação (UFMG). O trabalho de Jéssica destaca como as memórias constroem retalhos na costura de um rio largo de afetos. “Onde eu nasci, passa um rio. Onde a maioria de nós nasceu, cresceu e viveu ainda passa um rio”, observa. Suas águas revelam as vidas de mulheres lavadeiras, que guardam a sabedoria dos cantos e dos sonhos à procura do tempo. Jéssica Marroques nasceu nas margens do Ribeirão Arrudas, em Contagem/MG. Das águas que ali brotavam escutava de sua avó a memória de um rio vivo e forte. Esta é a paisagem que emerge na pesquisa da artista, em um diálogo entre o passado e o presente, buscando evidenciar a prática dos trabalhos manuais.
Até 28 de Janeiro de 2024 – Exposição De Fotografias “Sob O Mesmo Céu”, De Sylvie Moyen
O Memorial Vale recebe até 28 de janeiro a exposição de fotos “Sob o mesmo céu”, de Sylvie Moyen, clicadas quando ela esteve em viagem a países como Peru, Papua Nova Guiné, Mongólia, Myanmar e Índia. Países singulares que estão, ao fim e ao cabo, sob o mesmo céu do planeta. O evento integra o projeto Mostra de Fotografia, que tem curadoria de Eugênio Sávio e faz parte da 17ª Primavera dos Museus.
A belo-horizontina Sylvie Moyen, nascida em 1973 e filha de imigrantes, é fascinada por máquinas fotográficas desde criança, por influência do pai, com quem aprendeu a registrar viagens familiares. O núcleo familiar também proveu o contato com a pintura: com a mãe, que tinha um ateliê de pintura, ela aprendeu a misturar e criar cores.
Sylvie cresceu nesse universo criativo e seguiu a verve artística familiar por meio de estudos e ofícios. Ela, que é bacharel em Comunicação Social pela UFMG (1994) e mestre em Belas Artes (MFA) pela Indiana University (Bloomington, 1999), trabalhou por mais de 20 anos como designer gráfica, sem nunca abandonar as câmeras
Ela, que sempre manteve a fotografia como atividade paralela, em 2017 tomou a decisão de migrar definitivamente para a fotografia, unindo duas paixões: viajar pelo mundo e realizar registros poéticos de sua diversidade. Essa exposição, fruto desses encontros culturais que a artista realizou ao escolher a fotografia como protagonista de seu destino, é viabilizada pelo Instituto Cultural Vale. Mais informações em @sylviemoyen.
Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.
Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita
Memorial Minas Gerais Vale
O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.