Uma polêmica envolvendo cliente e aplicativo de entregas vem tomando conta das redes sociais esta semana. O jornalista esportivo Rica Perrone tem sido criticado após relatar, em podcast, a briga que teve com um entregador do iFood, que não quis entrar no pŕedio para entregar o pedido. Após ofender o motoboy e obrigá-lo a subir, Perrone jogou o pacote na direção do entregador.
Afinal, o jornalista tinha razão em exigir que o trabalhador subisse e entregasse a encomenda na porta do apartamento?
Segundo o aplicativo, não. “A obrigação do entregador é entregar no primeiro ponto de contato que existe na residência da pessoa. Se for no condomínio, esse ponto é a portaria. Essa é a recomendação dada para os entregadores e a comunicação passada para os consumidores”, explica Diego Barreto, vice-presidente de estratégias e finanças do iFood. O app não proíbe que o entregador suba, mas reforça que o cliente descer para buscar a entrega é um ato de gentileza: “isso não só agiliza a entrega em si como demonstra respeito ao trabalho do entregador ou da entregadora, que só pode fazer a seguinte entrega depois de finalizar aquela”.
Nas redes sociais, pessoas saíram a favor do entregador: “pedir para o motoboy subir é coisa de gente mimada”, alegaram internautas.
Além disso, não existe uma convenção imobiliária determinando o que todos os prédios devem ou não devem fazer em relação aos entregadores do iFood. Cada prédio ou condomínio é responsável por determinar as próprias regras e cláusulas contratuais firmadas com os moradores. Entretanto, a obrigação do entregador só existe até a portaria. Buscar a encomenda já é responsabilidade do cliente. Essa orientação é passada ao consumidor antes da contratação do serviço, conforme estabelece o Procon.