O músico Rinaldo Oliveira Amaral, mais conhecido como Mingau, começou a ter os sedativos reduzidos. O baixista da banda Ultraje a Rigo segue internado em estado grave após ser baleado na madrugada de sábado, 02 de setembro, em Paraty, no Rio de Janeiro.
“Foi iniciado processo de redução gradativa da sedação. O paciente segue sedado, sob ventilação mecânica e recebe suporte clínico para controle da pressão intracraniana. O quadro clínico permanece grave”, informou o boletim divulgado pelo Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D’Or.
Na última terça-feira, os médicos revelaram a bala que atingiu o baixista atravessou o crânio e passou por área de funções motoras. “O projétil penetrou na caixa craniana na região frontal esquerda, ele não foi retido dentro do crânio, ele provavelmente transfixou e se perdeu no ambiente onde houve o acidente”, relatou o neurocirurgião Manuel Jacobsen, durante uma coletiva de imprensa realizada no Hospital São Luiz, no Itaim Bibi, Zona Oeste de São Paulo, onde o músico está internado.
Segundo ele, não havia resíduo do projétil dentro do crânio, com marcas de entrada e saída. A área afetada pela bala é responsável por funções motoras, da linguagem e da visão. Os médicos ressaltam, no entanto, que não é possível fazer um prognóstico sobre possíveis sequelas.
“É difícil estabelecer um prognóstico devido às condições biodinâmicas. Operações futuras podem ser necessárias. Só o tempo vai dizer […] É uma condição grave, mas nós temos que aguardar o tempo. A neurologia depende muito das habilidades do neurocirurgião, dos cuidados de UTI, mas depende muito de condições individuais de cada pessoa”, ressaltou Jacobsen.
Entenda o caso
Mingau, de 56 anos, sofreu uma tentativa de assalto em Paraty, no Rio de Janeiro, na madrugada de domingo, 3. Na ação, o músico foi alvo de vários disparos efetuados por criminosos armados. Após transferência para São Paulo, ele fou submetido a uma cirurgia intracraniana de emergência, com duração de 3h30.
Além de prender um homem suspeito de ser o responsável pelo tiro na cabeça do baixista, a Polícia Civil identificou mais três suspeitos que estariam envolvidos no crime. Uma operação integrada busca localizar o trio.