Lei assegura a realização de rodas culturais, batalhas de rimas, além de discussões em fóruns, oficinas e aulas temáticas sobre a cultura do Hip Hop
Com o objetivo de valorizar as atividades e incentivar a cultura urbana da cidade, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, sancionou a Lei 5.444, que garante reconhecimento no Sistema Municipal de Cultura aos movimentos Breaking, Graffiti, Rap, Batalha de MC’s, Slam, Dj’s, Beatbox e todas as manifestações artísticas urbanas.
A lei assegura a realização de rodas culturais, batalhas de rimas, além de discussões em fóruns, oficinas e aulas temáticas sobre a cultura do Hip Hop. De acordo com o documento “todas as ações e manifestações ligadas ao Hip Hop não devem sofrer restrições quanto ao uso de espaços públicos, bem como ficam dispensadas de prévia autorização, e que qualquer ação discriminatória, preconceituosa e desrespeitosa, seja de natureza social, cultural, racial ou administrativa contra as pessoas do movimento serão submetidas às leis penais vigentes”.
Durante a assinatura da lei, na tarde desta terça-feira (25/07), dois grupos que representam o movimento na cidade, o coletivo Festim e Art&Move, fizeram apresentações artísticas a fim de consolidar a conquista. Estiveram presente no encontro também a secretária de Esporte, Lazer e Juventude, Natália Lacerda, e o superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, Marcos Alcântara. O projeto de lei foi proposto pelo vereador Roberto Fernandes Carlos de Araújo (Robertinho da Autoescola).
Na oportunidade, o prefeito Marco Antônio Lage não só reforçou o compromisso da gestão com a juventude, como também destacou a importância do protagonismo juvenil nas artes urbanas. Segundo ele, há um grande desejo em trazer para Itabira o SLAM MG, etapa estadual da Competição de Poesia Falada, Poetry Slam, que garante vaga para o SLAM BR, Campeonato Brasileiro de Poesia Falada.
“O nosso governo já trouxe a vontade política de fazer com que Itabira seja uma cidade plural, um espaço para todas as culturas, religiões e classes sociais. A cidade precisa respeitar os indivíduos. Reinventar um município que é minerador, passa pelo investimento em cultura, e nós estamos fazendo isso” afirmou Marco Antônio Lage.
Para os integrantes do coletivo Festim, Jéssica Marques e Filipe Pi, a lei fortalece o grupo como produtora de arte urbana em geral, potencializado em todos os aspectos. “A gente sempre trabalha no meio descentralizado e com essa lei aprovada mostramos o nosso real valor, e que precisamos de investimentos e não de sermos excluídos”, relata Jéssica.
Já Filipe Pi complementou, “temos um trabalho de base que por muito tempo foi reprimido na cidade e que, agora, nós esperamos que seja um novo início para vivermos nossa arte”. Karem Daynide, fundadora do grupo de dança Art&Move, também reafirmou a importância da lei e disse ainda que o movimento transforma vidas. “A dança, por exemplo, se transforma quando é inserida no universo educativo. É muito importante essa valorização, principalmente para mostrar à cidade que ela respira a cultura Hip Hop”, disse Karem.