Subiu para 11 o número de pessoas que morreram no desabamento de dois prédios na cidade de Paulista, região metropolitana de Recife, na manhã desta sexta-feira (07/07). Dentre as vítimas, 10 delas foram encontradas sem vida e uma foi resgatada com vida pelos bombeiros, mas não resistiu e morreu no Hospital Miguel Arraes.
Três pessoas ainda estão desaparecidas, incluindo duas crianças. Outras três sobreviveram, dentre elas, uma idosa, de 65 anos, e duas adolescentes, com 15 anos cada uma. Além disso, mais quatro pessoas foram encontradas com vida fora dos escombros.
A estimativa do Corpo de Bombeiros é de que 20 pessoas estavam no condomínio, formado por dois prédios, cada um com três andares, no momento da queda. Um edifício caiu por completo, o outro parcialmente. 13 dos 16 apartamentos estavam ocupados.
“Trata-se de uma ocorrência em que a gente tem que ter muita paciência. Aqui a gente tem esperança, de fato, de encontrar pessoas com vida, assim será, por conta desses bolsões criados na hora que o concreto desaba, eles não desabam de forma harmônica”, afima o coronel dos Bombeiros, Robson Roberto.
A prefeitura de Paulista, que ainda não se pronunciou, e o governo de Pernambuco, já tinham conhecimento que os prédios corriam risco de cair. Eles estavam interditados pela Defesa Civil desde 2010, mas isso não impediu que o condomínio fosse ocupado por pessoas que não tinham onde morar. O poder público admite que há outros imóveis nas mesmas condições espalhados pelo Grande Recife.
“Foram acionadas a seguradora e em 2018 foi feita uma atualização. Infelizmente houve uma reocupação. Em cima dessa reocupação a gente estava buscando o cadastro dessas pessoas pra não deixar ninguém desassistido”, afirma Cinthia Silva, secretária-executiva de Defesa Civil.
A última vistoria nos prédios foi feita em 2018. A Defesa Civil diz que uma nova estava programada para este mês.