Ao votar contra o ex-chefe do Executivo, Moraes deixou claro que a inelegibilidade estava prevista desde 2021, quando a Corte Eleitoral deixou claro que não iria admitir “extremismo criminoso e notícias fraudulentas” nas eleições de 2022.
O ministro disse que, ciente de que poderia perder os direitos políticos, a defesa de Bolsonaro não pode dizer no processo que desconhecia o crime de abuso de poder político.
– Não há como alegar desconhecimento do que é abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A corte já havia definido isso. Todos os candidatos tinham consciência dos parâmetros estabelecidos e que deveriam ser observados nas eleições de 2022 – afirmou.
Moraes declarou ainda que o crime foi cometido por Bolsonaro ao fazer a reunião com os embaixadores e ainda por ter divulgado o evento nos meios de comunicação oficiais do governo.
Votaram pela inelegibilidade de Bolsonaro os ministros Benedito Gonçalves (relator), Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Contra a cassação dos direitos políticos votaram Raul Araújo e Nunes Marques.