Um vídeo mostra o momento em que a menina de 12 anos, vítima de sequestro e abusos sexuais, foi regatada na última quinta-feira, 29 de junho, no apartamento do principal suspeito, Daniel Moraes Bittar, 42 anos. A garota vivia no Jardim Ingá, nas proximidades do DF, e foi levada até a residência do criminoso, na Asa Norte, dentro de uma mala. O trajeto leva aproximadamente 1h e 10 minutos de carro.
O vídeo foi compartilhado com a imprensa com a autorização de familiares e mantendo o anonimato da vítima. Nele, a menina relata que a porta de trás do carro estava aberta
“Ele (o suspeito) pegou e me colocou lá dentro do carro, lá atrás. A moça pegou um pano e colocou na minha boca. Eu tentei me mexer só que não consegui”, conta.
A vítima também menciona que foi tocada nas partes íntimas e que seu braço, com lesões roxas, estava doendo. Na gravação, a criança também nega ter bebido algum remédio. Veja o vídeo completo:
O sequestro
Por volta as 18h, um tio da vítima que trabalha na PMGO acionou o Serviço de Inteligência da corporação e passou a refazer os caminhos da menina, desde que saiu da escola. Perto da casa da família da criança, as equipes policiais encontraram câmeras de segurança que mostraram o veículo descrito por testemunhas como o usado por Daniel. Policiais do 20º Batalhão da PMGO, em Valparaíso (GO), comunicaram o caso à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que ajudou a identificar o endereço dos criminosos, por meio da placa do veículo.
No local descoberto, os militares das duas unidades da Federação subiram ao apartamento do suspeito, que atendeu à porta de cueca. Após ser questionado sobre o carro e de quem seria uma mochila encontrada no veículo dele, o suspeito confessou ter sequestrado a garota.
A menina de 12 anos foi encontrada algemada pelos pés, deitada em uma cama, no apartamento de Daniel, que trabalhava como analista de tecnologia da informação (TI) no Banco Regional de Brasília (BRB) e escritor. A PMGO informou que a vítima foi encontrada consciente, mas abalada, bastante machucada, com sinais de violência sexual e que ela precisou ser levada ao hospital, para receber atendimento. A criança revelou que o criminoso a molestou, tocou-lhe as partes íntimas e a obrigou a acariciar os órgãos genitais dele, enquanto era filmada. A gravação teria sido enviada para Gesiely, segundo a polícia.
Em nota, o BRB disse que “repudia veementemente todas as práticas criminosas, especialmente as de cunho sexual e contra menores”: “O Banco informa, ainda, que ao tomar conhecimento da prisão do empregado, adotou todas as medidas administrativas e atuará sob o rigor da lei”. Ao Metrópoles, o presidente BRB, Paulo Henrique Costa, disse que o servidor preso por sequestrar e estuprar criança de 12 anos será demitido imediatamente.