Banido do futebol pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, afirmou que jogadores de Atlético, Cruzeiro, Santos e Avaí estavam envolvidos no esquema de manipulação de apostas esportivas. O atleta disse que não sabe o nome dos jogadores supostamente comprometidos com os aliciadores.
A declaração do ex-volante do Vila Nova, de Goiás, foi dada nessa terça-feira (20/06). Ele foi ouvido como investigado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as irregularidades denunciadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).
“De Goiás, não. Mas de outros estados, sim. (De) jogadores não chegaram a falar nomes, mas falaram dos clubes. Cruzeiro, Avaí, Santos e, na época, Atlético Mineiro. Eles chegaram a falar e me mandar vídeo dos caras fazendo para eles”, declarou.
No depoimento que durou mais de duas horas, Romário disse que foi abordado por um vendedor de roupas para participar do esquema de manipulação. O jogador afirma que passou o contato de outros atletas para os aliciadores.
De acordo com a investigação do MP-GO, que resultou no banimento do volante, ele teria que cometer um pênalti durante o primeiro tempo de partida contra o Sport, válida pela última rodada da segunda divisão do Campeonato Brasileiro Série B de 2022.
Marcos Vinícius, no entanto, não foi relacionado para o jogo contra o time Pernambucano, e tentou convencer companheiros de equipe a cumprirem com sua parte do combinado. A penalidade não foi cometida.
Além do banimento do esporte, Romário também foi condenado a pagar R$ 25 mil. Em depoimento ao Ministério Público de Goiás, ele disse que sofreu ameaças de morte dos líderes da quadrilha.