Várias provas e o nome de mais jogadores estão sendo revelados pelo Ministério Público de Goias, que investiga jogadores e grupo de pessoas envolvidos na “Máfia das Apostas“.
Desta vez, conversas encontradas pelo MP no celular do acusado e publicadas pelo G1, apontam que Bruno Lopez, o principal acusado de chefiar o grupo em um aplicativo de mensagem que manipulava resultados de jogos de futebol, indicavam planos para aumentar o esquema, como lavagem de dinheiro e a expectativa de atrair mais jogadores.

Segundo o MP, as conversas são do dia 10 de fevereiro deste ano. Em uma das mensagens, Bruno envia um vídeo de uma sala, explicando como deveria funcionar até informou o valor do aluguel. Ícaro Fernando, também investigado, disse que dando certo, em breve já estariam reunidos no local.
“Sala nessa pegada. Ali na avenida do Society. R$ 1,7 mil mensal. Prédio comercial. Tá ruim? Depois da primeira já migramos pra lá, até ter mais estrutura”, disse.

Na conversa, Bruno respondeu que a sala seria usada para receber jogadores, assessores e reuniões. No diálogo, os dois falam sobre a organização do esquema no escritório e que naquele fim de semana um pouco dos problemas deles acabaria e, depois [em uma data não precisa], ia fluir e poderiam até pagar antecipado os jogadores.
Como a operação começou
A Operação Penalidade Máxima já fez buscas e apreensões nos endereços dos envolvidos. As investigações começaram no final de 2022, quando o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Romário recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os outros R$ 140 mil após a partida, com o pênalti cometido. À época, o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou o caso e entregou as provas ao MP-GO.
Nota da defesa de Bruno Lopez na íntegra:
“De igual forma à primeira fase da operação, entendemos que, por se tratar de uma denúncia extensa, com diversos anexos oriundos dos elementos extraídos na investigação, é necessário muita cautela em qualquer comentário. Apesar de se tratarem de fatos novos, jogos diferentes daqueles que foram objeto de denúncia na primeira ação penal, o crime pelo qual Bruno se encontra acusado é exatamente o mesmo, mas por situações diferentes. Como de praxe, sempre com muito respeito ao trabalho do Ministério Público e do Poder Judiciário, as acusações serão formal e processualmente respondidas no momento oportuno.”