Citado na Lava Jato e alvo de busca e apreensão da operação em 2016, o ex-funcionário do Instituto Lula Paulo Cangussú André foi nomeado, na última terça-feira (24/01), para assumir um cargo de direção no gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na nova função, ele ganhará um salário bruto mensal de R$ 13,6 mil.
Em 2016, ao cumprir mandados de busca e apreensão no âmbito da 24ª fase da Lava Jato, a Polícia Federal esteve em endereços onde Paulo André trabalhava para o Instituto Lula. A etapa foi, inclusive, a mesma em que o atual presidente foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Na época, Paulo era investigado por ter trocado emails com Dante Fernandes, um diretor da OAS, em janeiro de 2014. Na correspondência, o funcionário do Instituto Lula abordava o pagamento de uma palestra de Lula antes mesmo da formalização do contrato da empreiteira com a empresa responsável por gerir os eventos.
Na ocasião, a suspeita dos órgãos de investigação era de que as palestras pagas a Lula a partir de 2011, por meio do Instituto Lula, fossem um artifício para ocultar propina desviada da Petrobras. Apesar de ter sido citado e ser alvo de busca e apreensão, Paulo André não chegou a ser condenado no âmbito da Operação Lava Jato.