Um balanço divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira, 19, informa que o ministro Alexandre de Moraes mantem até o momento a prisão de 740 pessoas detidas nos ataques contra as sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.
A prisão em flagrante dessas 740 pessoas foi convertida em preventiva por Moraes, que considerou que as condutas ilícitas são “gravíssimas” e tiveram como objetivo “coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”.
Os crimes apontados apontam crimes como atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime. O relatório aponta que entre os dias 13 e 17 de janeiro, 1.459 audiências de custódia foram realizadas. Além disso, Moraes já decidiu sobre 1.075 casos, 501 somente na quinta-feira, 19. A previsão é de que a análise seja concluída até esta sexta-feira, 20.
Já outras 345 pessoas foram liberadas mediante aplicação de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Para Moraes, os manifestantes afrontaram a manutenção do estado democrático de direito, em “evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão”. No caso das prisões mantidas, ele considerou haver provas da participação “efetiva” dos investigados em uma organização criminosa com o intuito de desestabilizar as instituições republicanas.
Com informações do G1