O MDB decidiu liberar os filiadores no segundo turno da eleição presidencial, que será disputado em 30 de outubro entre os candidatos do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, Jair Bolsonaro – que concorre à reeleição. Dessa forma, não haverá punição pelas decisões individuais.
Com a definição, a presidenciável derrotada do partido, Simone Tebet, deve anunciar apoio a Lula. A expectativa é que ela confirme a decisão ainda nesta quarta-feira (05/10). Tebet encerrou o primeiro turno do pleito em terceiro lugar e ficou com 4,16% dos votos, que somam 4.915.423 eleitores.
“O MDB é o maior e mais democrático partido do País, o único com presença em quase todos os municípios. Tem convicções claras a favor da Liberdade, da Democracia e da Soberania do povo brasileiro, exercida por meio do voto direto. Nesta eleição geral, apresentamos um projeto independente e equilibrado, fora da polarização, brilhantemente liderado por nossa candidata Simone Tebet. Não há a menor dúvida de que ela se consolidou como uma liderança nacional”, diz a nota da sigla.
O MDB acrescenta que “nas últimas 48 horas, dirigentes, congressistas, governadores e prefeitos externaram sua posição em relação à disputa nacional em segundo turno”. Ainda de acordo com o comunicado, “por ampla maioria, o MDB decidiu dar liberdade para que cada um se manifeste conforme sua consciência”.
“Em qualquer cenário, o MDB deixa claro que cobrará do vencedor o respeito ao voto popular, ao processo eleitoral como um todo e, sobretudo, a defesa intransigente da Constituição de 1988 e do Estado Democrático de Direito”, finaliza o partido na nota oficial.
Também nesta quarta, o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que é do MDB, já anunciou apoio a Bolsonaro. A aliança era esperanda por conta da aproximação entre os dois durante os primeiros mandatos e negociações durante a campanha eleitoral.
No primeiro turno Lula ficou com 48,43% dos votos, que representam 57.259.504 eleitores. Já Bolsonaro teve 43,20%, somando 51.072.345 votos. Os dois tentam, agora, ampliar as alianças para a segunda etapa da disputa.