Street Fighter, uma das maiores franquias de jogos de luta da indústria dos games, está completando 35 anos nessa sexta-feira (12/08) e a produtora Capcom pretende celebrar esta marca com novidades. A empresa japonesa revelou anteriormente que fará um grande anúncio para Street Fighter 6 ainda esse ano e já agendou uma conferência dedicada ao jogo na feira Tokyo Game Show, que acontece no Japão em 16 de setembro. Além disso, foi lançado um site oficial onde é possível ver uma linha do tempo com todos os jogos já lançados e comentários dos desenvolvedores, em japonês.
O próximo capítulo da série, Street Fighter 6 foi anunciado para PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X/S, PlayStation 4 (PS4) e PC e tem data de lançamento estimada para 2023. O jogo já revelou um pouco da gameplay e confirmou a presença de personagens conhecidos como Ryu, Chun-Li, Guile, Luke e Juri, além de estreantes como Jamie e Kimberly. Confira, a seguir, alguns destaques da clássica franquia para o universo de jogos de luta e mais informações sobre o próximo jogo.
O primeiro Street Fighter já trouxe mecânicas importantes
Lançado em 12 de agosto de 1987 para fliperamas, o primeiro game da série Street Fighter não é muito conhecido e não era considerado de alta qualidade. Mas, na época, havia poucos jogos de luta onde o objetivo era enfrentar um oponente e o primeiro game já trazia alguns dos conceitos que solidificariam o gênero ainda inexistente.
Jogadores tinham apenas a opção de jogar como Ryu, ou Ken como o segundo usuário, enquanto enfrentavam diversos adversários, como Geki, Joe, Gen, Birdie e Sagat — alguns deles, inclusive, retornariam em Street Fighter Zero. Uma curiosidade é que os fliperamas tinham um tipo especial de controle em que a força do golpe dependia da força aplicada no botão.
A febre de Street Fighter 2
O grande sucesso da franquia começou com o lançamento da sequência Street Fighter 2: The World Warrior, em 1991, game que consolidou o gênero de luta e se tornou uma sensação nos fliperamas. O elenco de personagens cresceu para oito e passou a contar com com Ryu e Ken do original, além de figuras que se tornariam icônicas como Chun-li, Guile, Zangief, Blanka, Honda e Dalshim, representando países de todo o mundo. Na época, o game ainda tinha quatro chefes para serem derrotados: Balrog, Vega, Sagat e M. Bison, mas eles não eram jogáveis até então.
O sucesso de Street Fighter 2 foi tanto, principalmente nas partidas que permitiam que jogadores se enfrentassem, que a Capcom lançou novas versões com melhorias, correções, balanceamento de personagens e mais. A primeira e mais conhecida delas, Street Fighter Champion Edition de 1992, permitiu que usuários controlassem os chefes, aumentando o total de personagens para 12. Houve também a Street Fighter 2 Turbo: Hyper Fighting do final de 1992, que tinha combates ainda mais velozes e golpes especiais, além da Super Street Fighter 2: The New Challengers em 1993, com os novos personagens Fei long, Deejay, T. Hawk e Cammy.
A primeira adaptação no cinema
A popularidade da franquia nos fliperamas acabou por se estender para outras mídias, como o cinema. O longa-metragem Street Fighter: O Filme (1994) foi lançado em uma época que adaptações baseadas em jogos ainda eram incomuns. A película trazia atores famosos, como Jean-Claude Van Damme no papel de protagonista Guile e Raul Julia como o vilão M. Bison, a sua última atuação antes de falecer.
Apesar de não ter sido bem aceito na época, atualmente o longa se tornou mais querido pelo público, conseguindo arrancar alguns elogios por trazer algumas das roupas originais do jogo para as telas, por exemplo. No Japão, o game recebeu outras adaptações para além dos jogos eletrônicos, como mangás oficiais, um longa de animação e uma aclamada série animada conhecida como Street Fighter 2 Victory no Brasil.
A reviravolta de Street Fighter Alpha
Após tantas versões de Street Fighter 2, o público estava pronto para um terceiro jogo da franquia, mas a Capcom jogou uma bola curva com o lançamento de Street Fighter Alpha (No Brasil e Japão, Street Fighter Zero), em 1995. Ao invés de seguir com a cronologia da série, o game funcionava como uma volta ao passado dos personagens.
O título contava com versões mais jovens de Ryu, Ken e Chun-Li, personagens clássicos do primeiro jogo como Gen e Birdie, participações especiais de Final Fight como Guy e Sodom, além de alguns estreantes como Rose e Charlie. O jogo também ficou marcado por adotar elementos que se tornaram permanentes na série, como a barra de especial de Street Fighter 2 Turbo: Hyper Fighting.
X-Men vs. Street Fighter: o primeiro passo para os crossovers
Na mesma época em que a Capcom produzia Street Fighter Alpha, a empresa também tinha a licença da Marvel para produzir jogos de luta baseados nos heróis, como X-Men: Children of the Atom. Em 1996, um jogo que pegou a todos de surpresa foi X-Men vs. Street Fighter, um crossover de lutas em dupla onde os personagens originais do game apareciam com seus poderes aumentados para competir contra os mutantes dos quadrinhos.
A popularidade do título levou a uma sequência chamada Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, com ainda mais heróis. Eventualmente, o caminho foi pavimento para o nascimento da franquia Marvel vs. Capcom.
Esta não foi a única vez que Street Fighter esteve em um crossover, no entanto. Em 2012, foi lançado Street Fighter X Tekken, um confronto entre a série mais popular de luta em 2D contra a mais famosa dos 3D. O jogo seguia o mesmo modelo de lutas em duplas da série com a Marvel, porém com uma jogabilidade mais próxima de ambos os jogos originais — especialmente de Street Fighter.
Uma versão chamada Tekken X Street Fighter também seria lançada, com maior foco no estilo de luta 3D de Tekken, porém não houve mais notícias sobre o desenvolvimento. O game foi responsável por estreitar o relacionamento entre as séries e o personagem Akuma, de Street Fighter, chegou a aparecer em Tekken 7 como parte de sua história.
O futuro de Street Fighter 6
Por enquanto, pouco se sabe a respeito de Street Fighter 6, mas é esperado que o jogo encaixe na mesma categoria competitiva que o antecessor, Street Fighter 5. O novo World Tour, modo história que permitirá explorar a cidade de Metro City com um personagem criado pelo jogador, é bastante promissor. A empresa também anunciou que o game terá crossplay e “rollback netcode” nas partidas multiplayer online. É possível que o jogo traga novas formas de monetização, ponto que recebeu um grande foco em Street Fighter 5 e gerou críticas por parte do público.
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Com informações de Event Hubs, Tech Radar