Ministério Público e Corregedoria investigam alegação de legítima defesa em meio a reações da comunidade
Uma abordagem policial realizada na manhã de quinta-feira, dia 9 de novembro, em Núcleo Bandeirante, resultou em controvérsias após um policial atirar na cabeça de um cachorro da raça american bully. A 3ª Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou, nesta sexta-feira (10/11), que a Corregedoria da Polícia Militar abra um inquérito para apurar o incidente.
Os policiais estavam em patrulhamento quando avistaram um homem que, segundo eles, teria jogado um pacote em um lote, suspeito de conter drogas. Após entrar na propriedade sem permissão, os policiais confrontaram um cachorro da raça american bully no quintal. Durante a abordagem, um policial disparou contra o animal, alegando legítima defesa, e que o cão teria avançado sobre ele. No entanto, a proprietária do animal contesta essa versão, afirmando que o cão estava quieto no momento da abordagem.
A situação se intensificou quando moradores da região reagiram ao disparo, avançando contra os policiais com o intuito de libertar o suspeito de tráfico que estava sendo abordado. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) relata que foi necessário o apoio de unidades especializadas para conter a situação.
Após o tumulto, sete homens e uma mulher foram presos por facilitar a fuga do suspeito, desacato e desobediência, conforme informações da corporação. Surpreendentemente, nenhuma droga foi encontrada durante a operação.
A proprietária do cachorro, Maria Edilene Silva, contesta a versão policial, enfatizando que o animal não representava perigo no momento da abordagem. O caso agora está sendo investigado para esclarecer as circunstâncias do uso da força durante a operação policial.