O presidente da República, Jair Bolsonaro, determinou a suspensão do reajuste de 5,7% no preço do diesel (o litro passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662), anunciado pela Petrobras.

O novo valor começaria a ser cobrado ontem, mas vai ficar suspenso até que os técnicos da estatal justifiquem ao presidente a necessidade do aumento. A empresa manteve sem alteração o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias, válido para hoje, em R$ 1,9354. Além disso, a estatal manteve sem alteração o preço do diesel, em R$ 2,1432, conforme tabela disponível no site da empresa. “Liguei para o presidente, sim. Eu me surpreendi com o reajuste de 5,7%. Não vou ser intervencionista.
Não vou praticar a política que fizeram no passado, mas quero os números da Petrobras”, afirmou Bolsonaro no Amapá, onde inaugurou o aeroporto internacional de Macapá. A alta divulgada na quinta-feira seria a maior desde que os presidentes da República e o da petroleira, Roberto Castello Branco, assumiram os cargos. Pressão de caminhoneiros contra o aumento está por trás da decisão de Bolsonaro, que disse ontem estar preocupado com o transporte de cargas.
“Estou preocupado com o transporte de carga, com os caminhoneiros. São pessoas que realmente movimentam as riquezas. Queremos um preço justo para o óleo diesel”, disse o presidente Jair Bolsonaro, para justificar a decisão de segurar o preço do diesel. A avaliação de um integrante do governo é de que os caminhoneiros “conheceram a sua força” na última greve e que agora possuem maior poder de negociação.
Na manhã de ontem, um dos principais líderes dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, creditou ao presidente Bolsonaro e a ministros palacianos o recuo da Petrobras sobre o aumento do diesel, na noite da quinta-feira.