A Comunidade Itabirana tomou um enorme susto nesta quarta feira por volta das 22h quando as sirenes de alerta de rompimento de barragem tocaram, centenas de moradores correram para os pontos de encontro, muitos desesperados e só com as roupas do corpo.
Senhoras grávidas, idosos, doentes, povo em geral foram para as ruas em busca de informações, após cerca de 50 minutos receberam a informação de que as sirenes foram acionadas por engano e que poderiam voltar pra casa.
Indignados, todos reclamaram da falta e do pouco caso da mineradora com cada um. Além das sirenes em Itabira, tocaram também para a população que reside no distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O alerta também foi acionado para moradores que vivem nas regiões próximas às barragens Forquilhas I e III, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais.
Em comunicado emitido na noite desta quarta-feira (27), a Vale informou que o acionamento é apenas uma medida preventiva e segue o protocolo para início do nível 3 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).

A elevação do risco do nível 2 para o nível 3 significa que, no momento, o risco de rompimento da estrutura é iminente ou, pior, ela já pode estar em colapso.
Os moradores que viviam na zona de autossalvamento foram evacuados pela mineradora no dia 20 de fevereiro, quando as sirenes soaram pela primeira vez. Assim como em Macacos, a importância de soar as sirenes decorre do fato de que auditores independentes não atestaram a estabilidade da estrutura.

Apesar do risco, a Vale pede que a população mantenha a rotina normal, permanecendo atenta aos chamados de emergência.