Superbactéria circulou no Brasil antes de ser descrita pela China - Itabira Online
segunda-feira, dezembro 4

Superbactéria circulou no Brasil antes de ser descrita pela China

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Um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) descobriu que a bactéria Klebsiellapneumoniae, super-resistente a antibióticos, já circulava pelo Brasil em 2011, quatro anos antes de ser descrita na China, em 2015.O estudo foi publicado na revista científica Bone Marrow Transplantation, do grupo Nature.

O trabalho foi conduzido pela professora doutora Silvia Figueiredo Costa, do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP e diretora técnica do Instituto de Medicina Tropical de

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São Paulo (USP) e pela professora doutora Ester Sabino, também do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

Ele foi realizado com base no banco de dados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e apontou que, de 1.042 pacientes que se submeteram a um transplante de medula entre os anos de 2008 e 2015 nesse hospital, 12 se infectaram com a bactéria super-resistente aos antibióticos. E, deste total, 10 morreram.

Imagem de bactéria Klebsiella pneumoniae feita por microscópio eletrônico e colorizada por computador, mostrando a bactéria Klebsiella pneumoniae interagindo com uma célula humana

A Klebsiella pneumoniae é uma bactéria presente no trato gastrointestinal de humanos e animais. Ela pode ser encontrada também no meio ambiente, na água, nos alimentos e no sistema de esgoto. Eventualmente pode ser identificada nas mãos de profissionais da saúde, em equipamentos hospitalares e no ambiente hospitalar, como na cama do paciente, por exemplo. E pode causar diferentes tipos de infecção – como infecção urinária ou no sangue – que podem levar à morte.

“Esse antibiótico é mais usado em animais de grande porte e que servem de alimentação, como suínos, do que em humanos. Mas na última década, como as bactérias foram ficando mais resistentes, começou-se a usar esse antibiótico também para humanos”, falou.

Prevenção e cuidados

Para prevenção da bactéria, a pesquisadora diz que é importante controlar o uso de antibióticos e isolar o paciente infectado. Além disso, destacou, é preciso que os profissionais da saúde adotem hábitos como a higiene das mãos e uso de luvas e aventais no cuidado com o paciente.

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