A Justiça determinou que o Corpo de Bombeiros faça uma inspeção em 24 horas no Sambódromo e que a Empresa de Turismo do Município do Rio (Riotur) e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), gestoras do carnaval na cidade, assinem um termo de responsabilidade assegurando que o local tem segurança suficiente para a realização dos desfiles.

A determinação da juíza Monica Teixeira, da 1ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça (TJ), atendendo a ação civil pública movida pelo Ministério Público, foi publicada nesta quinta-feira (28) e tem que ser cumprida às vésperas dos desfiles do Grupo A e do Grupo Especial. Monica Teixeira determinou ao Corpo de Bombeiros “a realização de vistoria e elaboração de laudo técnico em 24 horas, confeccionando certificado de aprovação com autorização especial que, com base no atendimento necessário de segurança dos frequentadores, permita a realização do evento”.
Por ordem da juíza, depois que os bombeiros liberarem o local para a realização do desfile, os presidentes da Riotur e da Liesa deverão assinar, no prazo de 24 horas, termo de responsabilidade assegurando que o sambódromo da Marquês de Sapucaí tem “condições de segurança suficientes para assegurar a vida e integridade física dos espectadores, jurados, trabalhadores e integrantes das escolas de samba”.

À tarde, o governador Wilson Witzel esteve no Sambódromo, para assinar o acordo de patrocínio com a empresa de fornecimento de energia Light que, juntamente com a Ambev, patrocinará a festa, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura, com R$ 25 milhões de investimento.
Sobre o impasse jurídico em torno da liberação do Sambódromo, Witzel ressaltou que o espaço pertence ao estado, mas está cedido ao município. “Espero que o Corpo de Bombeiros tome as providências necessárias, juntamente com a Liesa e a Riotur. Não está na minha administração o Sambódromo. Espero que a Riotur consiga cumprir com todas essas exigências, para que o carnaval aconteça. Eu acredito que isso será resolvido, resolveu.
Eu não administro o Sambódromo. Apesar de ser do estado, está cedido para o município, para que faça a gestão e evite esse tipo de problema”, disse Witzel.

O presidente da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), Jorge Castanheira que acompanhou o governador na visita, também falou as exigências do Ministério Público. Para Castanheira, há segurança no Sambódromo. “O que podemos dizer, pela experiência que temos aqui, é que, durante o espetáculo, nós temos todo apoio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Secretaria de Saúde, que fazemos a montagem com todo o efetivo que nos dê tranquilidade ao pronto atendimento. Aquilo que tiver de ser corrigido, certamente, a prefeitura e a Riotur vão atuat para atender a todas as exigências. Nós somos usuários do espaço.”
Pela programação, as escolas do Grupo A desfilam nesta sexta-feira (1º) e no sábado (2). As apresentações começam às 22h, com sete agremiações na primeira noite e mais seis na segunda.
As 14 escolas do Grupo Especial desfilam domingo (3) e segunda-feira (4), a partir das 21h15.